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2024: A força da demanda interna em meio às exportações retraídas

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Milho 🌽

Retrospectiva de 2024 e as perspectivas para 2025 para a cadeia do milho.

Retrospectiva
A safra 23/24 de milho no Brasil foi marcada pelo fenômeno climático El Niño, resultando numa retração da área plantada de milho 2ª safra, redução de produtividade e consequente redução da produção. De acordo com USDA a produção total ficou estimada em 122 milhões de toneladas contra 137 milhões na temporada 22/23. A nível mundial, a produção estimada pelo órgão norte-americano em 23/24 é de 1,219 bilhões de toneladas com incremento de 56 milhões de toneladas em relção à temporada 22/23, com destaque para as safras recordes nos EUA, China e recuperação da produção Argentina.

No que diz respeito à precificação, o Indicador do Milho ESALQ/BM&FBOVESPA seguiu a sazonalidade característica, iniciando o ano de 2024 próximo a R$70,00/sc com o preço do cereal atingindo seu valor mínimo em Campinas/SP em meados de julho/24, na faixa de R$ 56,00/sc. Apesar de um programa de exportação retraído ao longo de 2024, estimado em 38 milhões de toneladas pela ANEC, a demanda interna fortalecida — impulsionada pelos setores de proteína animal e etanol — contribuiu para a recuperação dos preços, levando o milho a superar o patamar de R$ 74,00/saca em Campinas/SP em meados de novembro/24.

Perspectiva
As perspectivas para a safra 2024/25 de milho no Brasil são positivas. A área plantada deve continuar em expansão, impulsionada pelos bons preços alcançados em 2024 e pela expectativa de condições climáticas mais favoráveis, com a transição do fenômeno El Niño para um cenário neutro. O avanço expressivo no plantio da soja a partir de outubro/24 dissipou as preocupações relacionadas à janela de plantio do milho 2ª safra e o milho 1ª safra ainda em plantio registra boas condições nos principais estados produtores do Sul e Sudeste.

Apesar do otimismo, a projeção de estoques finais mais ajustados tende a sustentar os preços do cereal em níveis firmes, comparáveis aos de 2024. Além disso, as relações comerciais entre os EUA e a China podem beneficiar o Brasil, com as exportações possivelmente ultrapassando novamente a marca de 40 milhões de toneladas, além do consumo doméstico em expansão.

O mercado de milho em 2025 tende a ter preços fortalecidos no Brasil, levando em consideração o cenário doméstico de demanda, indefinições sobre o tamanho da oferta local e global e aspectos internacionais como potenciais conflitos comerciais envolvendo os EUA que é o principal produtor e exportador mundial do cereal.

 

Por: Agriffato

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