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ABIA – preço do arroz brasileiro sobe 40% em um ano; do cacau dispara 282%

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A elevada demanda global somada à menor oferta mantêm os preços do arroz e do cacau em alta, revela pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), antecipada com exclusividade ao Broadcast Agro. Ambas as commodities apresentam safras globais menores que o previsto, em virtude de intempéries climáticas, e acumulam valorizações expressivas no último ano, mostra a pesquisa.
O preço do arroz brasileiro subiu 39,80% entre junho de 2023 e junho deste ano, alcançando a média de R$ 1.910,00 a tonelada, indica a pesquisa do Departamento de Inteligência Competitiva da ABIA. Em um mês, contudo, a alta foi mais tímida, de 0,20%. O impulso das cotações do cereal no mercado nacional deve-se ao cenário de incertezas, segundo os pesquisadores da ABIA. “As significativas perdas agrícolas causadas pelo El Niño levaram os produtores a buscarem maior valorização do arroz em casca. Apesar das fortes chuvas no Sul, principal região produtora no País, a safra de 2023/24 é estimada em 10.6 milhões de toneladas, aumento de 5,50% em relação à anterior, segundo a Conab”, indicou a ABIA na pesquisa. O balanço entre oferta e consumo nacional é praticamente equivalente neste ciclo, segundo os dados da Conab.
No mercado internacional, o arroz também continua em alta, atingindo R$ 3.406,00 a tonelada em junho, refletindo a elevada demanda e a baixa oferta global, segundo a Abia. “Isso faz também com que as exportações brasileiras estejam mais atrativas, sem prejuízo ao mercado interno”, indicou a entidade.
Em relação ao cacau, a pesquisa da ABIA indica que o preço da amêndoa no mercado interno disparou, registrando o recorde de R$ 55.580,00 a tonelada em junho deste ano, aumento anual de 282,20%. Na comparação mensal, as cotações do cacau no mercado nacional aumentaram 19,90%, mostra a pesquisa. O aumento do preço do grão nacional refletiu a valorização externa do grão. A ABIA estima que a produção brasileira deve totalizar 294.500 toneladas na safra 2023/24, aumento de 1/30% em relação à temporada anterior, puxada por condições climáticas favoráveis. “A colheita na Bahia e no Pará está avançando bem, com 85% da área colhida até o final de junho. As chuvas regulares durante o período de desenvolvimento dos frutos favoreceram a qualidade e o rendimento da safra”, indicou a ABIA. O Brasil ainda é importador líquido da commodity.
Já no mercado internacional, considerando a média dos contratos futuros do cacau negociados na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Londres, as cotações subiram 160,70% em um ano e 9,70% em um mês, chegando a R$ 44.573,00 a tonelada. Diferentemente da safra nacional, a produção de cacau mundial é pressionada pelos problemas climáticos reportados na África Ocidental, o que reflete em menor produção. Essa conjuntura aliada à crescente demanda global pela amêndoa impulsionaram os preços do cacau no último ano, explicou a ABIA.
O levantamento mensal da ABIA acompanha a evolução de abastecimento, disponibilidade e preço das principais matérias-primas agrícolas utilizadas nas operações da indústria de alimentos e bebidas. A indústria de alimentos processa aproximadamente 60% da produção agropecuária brasileira e produz 270 milhões de toneladas de alimentos por ano.

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