Hyberville comenta que, seguindo a tendência das últimas semanas, houve um volume mínimo de negócios na segunda-feira, o que é típico desse dia da semana. A pressão de baixa acaba deixando esse cenário ainda mais evidente, fazendo com que o pecuarista se retraia ainda mais nas negociações. Todos estão querendo avaliar o que vai acontecer nos próximos dias.
O mercado não mudou muito em relação aos últimos dias, mas estamos entrando em uma época em que o Dia dos Pais já passou e a expectativa é de que o escoamento do mercado doméstico acalme um pouco e trabalhe mais lentamente nas próximas duas semanas. Em relação ao escoamento internacional, as exportações nos primeiros nove dias úteis de agosto tiveram uma média diária de 9,3 mil toneladas, uma desaceleração em relação à primeira semana, quando a média diária foi acima de 10 mil toneladas.
No entanto, ainda estamos falando de um acumulado desses primeiros nove dias úteis de agosto com uma média 4,8% maior do que a de agosto de 2022, que foi o mês em que mais vendemos carne na história. Houve uma desaceleração, mas se a média for mantida ao longo do mês, estamos falando de provavelmente um recorde em termos de volume. O que tem deixado a desejar é o preço médio, que está em 4.500 dólares por tonelada na parcial de agosto, frente a 6.100 dólares por tonelada no mesmo período do ano passado, uma queda de 26,6%.
Cabe destacar que no mesmo período do ano passado tivemos preços recordes para carne exportada. A base de comparação em termos de preços é alta, o que ameniza um pouco essa queda. Mas ainda estamos falando de um preço internacional que já foi bem melhor. O contraponto nessa análise é o fato de que o boi gordo também cedeu bastante, ajudando na conta frente ao preço da carne exportada.
Veja o fechamento do Boi Gordo com Sérgio Braga e os comentários de Hyberville Neto no vídeo abaixo: