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Brasil bate recorde na importação de diesel no 1º semestre, aponta StoneX

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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) – As importações de diesel A (sem mistura de biodiesel) pelo Brasil cresceram 13,2% no primeiro semestre, ante o mesmo período de 2024, para um volume recorde, diante de uma menor atividade de refinarias brasileiras e um mercado que favoreceu compras externas, disse a consultoria StoneX.

No total, o Brasil importou 7,9 bilhões de litros de diesel A entre janeiro e junho, com a maior parte proveniente da Rússia, de acordo com dados do governo compilados pela consultoria.

Dados mais recentes da reguladora ANP apontam que enquanto as vendas de diesel A no mercado doméstico avançaram 2,1% entre janeiro e maio, a produção do combustível pelas refinarias recuou 2,4%, destacou a StoneX, em relatório.

O movimento, segundo a consultoria, gerou “um aumento do déficit no balanço brasileiro do combustível, que foi compensado, em última instância, por um aumento das compras externas”.

Além disso, as fortes quedas do preço do petróleo e do diesel no mercado externo influenciaram uma maior atratividade do combustível ofertado pelo exterior em determinados períodos do ano.

“Essa janela mais aberta foi observada principalmente a partir de fevereiro — em meio ao reajuste positivo dos preços de venda pela Petrobras, o início da queda das cotações no mercado internacional e a valorização do real –, se estendendo até meados de junho”, disse a StoneX em relatório.

A consultoria destacou que, entre abril e maio, mesmo com os três reajustes de baixa promovidos pela Petrobras em suas refinarias, foi registrado o período de maior atratividade do produto externo, “em meio ao derretimento dos futuros do petróleo e derivados”.

A queda dos preços ocorreu como impacto da implementação da nova política tarifária norte-americana e a decisão da Opep+ de acelerar o aumento da entrega de barris nos meses seguintes.

Dentre as principais origens, a Rússia seguiu ocupando a primeira posição nas vendas de diesel ao Brasil, com 4,86 bilhões de litros. Apesar de se manter como principal fornecedor, o país registrou uma redução das vendas no comparativo com o mesmo período de 2024, de 3,7%.

A participação russa nas vendas totais de diesel ao Brasil também caiu, de 71,9% para 61,3%, com os Estados Unidos assumindo uma boa parte dessa participação, indo de 6,4% para 24,7%, e passando a ocupar a segunda posição no ranking, com 1,96 bilhão de litros, desbancando os Emirados Árabes Unidos.

GASOLINA

As importações de gasolina A (sem adição de etanol anidro), por sua vez, caíram 12% no primeiro semestre, ante o mesmo período do ano passado, para 1,2 bilhão de litros, o volume mais baixo desde 2022, apesar de um aumento no consumo.

“Isso responde a alguns fatores. Entre eles, destaca-se a dinâmica de paridade de importação, com a janela se mantendo ‘fechada’ pela maior parte do semestre”, disse a StoneX, pontuando que houve ainda um crescimento da oferta de gasolina A pelas refinarias domésticas.

A Rússia também foi o principal país exportador de gasolina para o Brasil, entre janeiro e junho, com 39,1% do volume, seguido pelos Estados Unidos (32,8%) e Holanda (15,6%).

“Essa tendência indica uma maior aproximação com o mercado de combustíveis russo, conforme Moscou representou menos de 18% das importações no primeiro semestre de 2024”, ressaltou a consultoria, citando dados oficiais do governo.

“Isso pode refletir preços mais atrativos, em um cenário similar ao observado para o caso do diesel.”

(Por Marta Nogueira)

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