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Brasil está a caminho de liderar cultivo global de café robusta, diz Rabobank

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Por Marcelo Teixeira

(Reuters) – O Brasil está se posicionando para ultrapassar o Vietnã como o maior produtor mundial de café robusta, impulsionado pela resiliência climática da cultura e pela crescente demanda global, de acordo com um relatório do banco holandês Rabobank divulgado na quinta-feira.

A produção de café robusta no Brasil cresceu de forma constante nos últimos anos e, segundo a projeção do Rabobank, deverá atingir 24,7 milhões de sacas de 60 kg em 2025, ante 19 milhões de sacas em 2020. Espera-se que o Vietnã produza cerca de 30 milhões de sacas de robusta em 2025/26, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.

O robusta tem um perfil de sabor mais intenso e maior teor de cafeína em comparação com o café arábica, que é mais suave. O robusta é usado principalmente para fazer café solúvel, mas também em misturas de café expresso e bebidas geladas, enquanto o arábica é preferido por marcas de alta qualidade, como Starbucks e Nespresso.

A cultura demonstra maior resistência ao calor, à seca e a doenças em comparação com o arábica, o que a torna cada vez mais atraente à medida que as mudanças climáticas restringem a produção tradicional de café.

As temperaturas máximas nas principais regiões cafeeiras brasileiras aumentaram de 1,3 a 1,6 graus Celsius nos últimos 50 anos, enquanto a precipitação média diminuiu de 93 a 211 milímetros, segundo o relatório.

A irrigação surgiu como uma estratégia de adaptação fundamental, disse o banco, acrescentando que cerca de 71% dos campos de robusta do Brasil são irrigados atualmente, e as projeções mostram que isso pode chegar a 363.800 hectares até 2040.

O relatório informa que os custos de implementação das plantações de robusta são altos, em torno de US$15.700 por hectare. A produtividade significativamente maior da cultura — quase 170% mais rendimento por hectare do que o arábica — ajuda a compensar os custos, com retorno estimado em cerca de quatro anos, disse o Rabobank.

O Brasil tem aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens degradadas adequadas para a conversão agrícola, possibilitando uma expansão sem desmatamento, acrescentou.

A isenção do café solúvel das regras de desmatamento da UE deve aumentar ainda mais a demanda por produtos à base de robusta, potencialmente acelerando o crescimento da produção do Brasil, disse o relatório.

(Reportagem de Marcelo Teixeira em Nova York)

Fonte: Reuters

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