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Brasil volta a ter maior juro real do mundo

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Em novembro, o Brasil retomou a posição de ter os juros reais mais altos do mundo, atingindo 6,9% ao ano. Essa projeção é baseada em estimativas “ex-ante”, que consideram as projeções da taxa básica de juros, Selic, e a inflação esperada para os próximos 12 meses.

Mesmo após o recente corte de 0,5 ponto percentual da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na última quarta-feira (1º de novembro de 2023), o país ainda mantém um patamar elevado de juros, atualmente em 12,25%. Estes dados são apontados pelo economista Jason Vieira, da consultoria MoneYou.

O Brasil ultrapassou o México, que ocupa o segundo lugar com 6,89%, enquanto a Colômbia segue em terceiro lugar, com 5,48%. Economias robustas como a Rússia (3,69%) e os Estados Unidos (1,62%) ocupam o 7º e 13º lugares, respectivamente.

Por outro lado, a Argentina figura em 40º lugar, apresentando juros reais negativos de -10,87%. O país sul-americano enfrenta desafios devido à sua alta inflação, que atingiu 138,3% em setembro, representando um aumento de 13,9 pontos percentuais em relação aos 124,4% registrados em agosto.

De acordo com o professor de economia da UFPE, Ecio Costa, a política fiscal expansionista do Brasil em anos anteriores foi responsável pelo nível elevado dos juros reais. Costa ressalta que o país enfrentou vários anos de déficit recorrente, levando a uma necessidade de manter as taxas de juros elevadas para garantir a eficácia da política monetária.

Porém, ele destaca um aspecto positivo do patamar atual dos juros reais, apontando o controle da inflação como um resultado benéfico das medidas adotadas pelo Banco Central. Costa menciona a aprovação do teto de gastos em 2016 como um fator que levou a uma redução das taxas de juros no passado, até o surgimento da crise causada pela pandemia de COVID-19 a partir de 2020.

Comparando a situação do Brasil com a da Argentina, o economista ressalta que as altas taxas nominais da Argentina refletem um cenário de gastos descontrolados e falta de credibilidade, embora ressalte que o Brasil enfrenta desafios semelhantes, mas em menor escala.

Em outubro, a Argentina elevou sua taxa básica de juros, a Leliq, para 133% ao ano, um aumento em relação aos 118% observados desde agosto.

Fonte: Poder 360

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