Ontem, os contratos futuros de soja para janeiro/24 registraram uma queda na Bolsa de Chicago (CBOT), encerrando a sessão cotados a US$ 13,8625 por bushel, marcando uma diminuição de 4,75 cents (0,3%) em relação ao dia anterior. Essa tendência baixista foi impulsionada pela realização de lucros, seguindo ganhos nas três sessões precedentes. Além disso, o clima propício para a safra de soja na Argentina também exerceu pressão, promovendo uma aceleração na semeadura nas próximas semanas, conforme indicado pela Granar. No entanto, o foco principal permanece no Brasil, onde as condições climáticas adversas persistem para o novo ciclo agrícola. O excesso de chuvas no Sul e o déficit prolongado de umidade no Centro-Norte, agravados por uma onda de calor, indicam a necessidade de replantio, de acordo com a consultoria agrícola.
Na mesma linha, o vencimento dezembro/23 do milho na CBOT experimentou uma queda de 6,25 cents (1,31%), fechando a US$ 4,7200 por bushel. Os futuros de milho também foram impactados por uma realização de lucros após ganhos recentes. A entrada da safra recorde dos Estados Unidos no mercado e as condições climáticas favoráveis na Argentina exerceram pressão adicional sobre as cotações, conforme destacado pela Granar. No entanto, a notícia de uma venda avulsa para o Japão, na qual exportadores dos EUA venderam 124 mil toneladas para o país asiático no ano comercial 2023/2024, pode ter atenuado as perdas.
Quanto ao vencimento dezembro/23 do trigo, houve uma queda de 10,50 cents (1,84%), encerrando a sessão a US$ 5,6150 por bushel. Esse movimento foi influenciado pela competição com a França, prevendo-se um aumento nos estoques de trigo francês para o maior nível em seis anos, conforme indicado por Terry Reilly, da Marex. Além disso, notícias sobre um acordo entre a Ucrânia e o Reino Unido para subsidiar seguros para navios com destino a portos impactaram o mercado, assim como o aumento do fluxo de trigo russo para o mercado de exportação.
