A produção de grãos e proteína animal no Brasil enfrenta desafios semelhantes. Infelizmente, o país não está aproveitando ao máximo as oportunidades do mercado do agronegócio. Alguns indicadores e atitudes internas tornaram o Brasil dependente de um único país, como a China. A China tem um grande potencial a nível mundial e fez com que as nossas situações internas se tornassem referência para eles a partir de uma necessidade de oferta e procura.
No entanto, quando a China entendeu sua importância a nível de Brasil, ela começou a reduzir suas compras e agir em cima dos preços praticados, reduzindo em mais de 30% os preços da carne bovina. Isso acabou trazendo prejuízos para o Brasil. É importante entender e visualizar o Brasil das fronteiras para dentro e das fronteiras para fora, principalmente com relação à aceleração e desaceleração do mercado mundial.
O caminho para o Brasil é investir no mercado de exportação, buscando mais oportunidades de negócio a partir da diversificação. Para isso acontecer, é preciso ter domínio sobre as nossas ações e sobre as necessidades que o agronegócio vem apresentando ao longo dos anos. É possível aumentar a produção de alimentos no Brasil, melhorando a eficiência planetária e por animal abatido. Também é possível produzir mais sem desmatar, dependendo da eficiência que temos.
Vale lembrar que 16% do território nacional brasileiro é composto de terras degradadas. Por que não investir nessas terras para torná-las produtivas? A eficiência na produção de alimentos não é uma situação favorável apenas para as grandes propriedades. Se o Brasil quiser produzir mais alimentos, a eficiência tem que vir também nas pequenas e médias propriedades rurais. É preciso planejar o que queremos para o mercado interno e externo, tanto para grãos quanto para proteína animal.
Veja o comentário completo de Celso Ricardo nos Bastidores da Pecuária:
