Não foi a maior incursão deste ano, registrada em abril quando Pequim enviou 54 aviões, mas neste caso aconteceu em um espaço de tempo muito curto
Cerca de 40 aviões militares chineses entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan nesta quinta-feira, disse o Ministério da Defesa desta ilha autogovernada que Pequim considera parte de seu território. Não foi a maior incursão deste ano — em abril, Pequim enviou 54 aviões, mas neste caso, aconteceu em um espaço de tempo muito curto.
O porta-voz do ministério, Sun Li-fang, disse que das 5h (18h de quarta-feira no horário de Brasília) às 11h “um total de 37 aeronaves militares chinesas” entraram no sudoeste da zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.

Nos últimos tempos, Pequim intensificou as incursões de aeronaves militares na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan, quase dobrando em 2022 em relação ao ano anterior, e alimentando especulações de que possa estar reunindo forças para eventualmente lançar uma invasão e reintegrar o território pela via militar. Esta zona, na qual um território pode identificar tráfego aéreo para fins de defesa, é maior que o espaço aéreo da ilha e em algumas áreas se sobrepõe a partes da China continental.
A situação em torno de Taiwan é tensa após manobras militares de Pequim no ano passado e em neste ano no entorno da ilha. Em abril, exercícios das Forças Armadas chinesas — motivados pela visita do atual presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano Kevin McCarthy, com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, estreitando os laços entre os dois países — terminaram com um recorde de 54 sobrevoos em áreas sensíveis.