O Rio Grande do Sul deu início à colheita de trigo da safra 2023, de acordo com informações divulgadas pela Emater/RS em seu boletim semanal. Até o momento, 3% da área destinada ao cultivo de trigo no Estado já foi colhida. Essa colheita foi possível devido à diminuição das chuvas e à presença de dias ensolarados, que permitiram o avanço dos trabalhos no campo.
Segundo a Emater, as lavouras de trigo estão progredindo em direção ao estágio de enchimento de grãos (58%) e maturação (23%). É nesses estágios que se determina a produtividade da safra, incluindo o tamanho e a qualidade dos grãos, uma vez que o número de plantas e a quantidade de grãos por planta já foram estabelecidos nos estágios iniciais do crescimento do trigo.
A Emater observou que na região de Bagé, as condições climáticas adversas ao longo do último mês afetaram as lavouras que foram implantadas no início da janela de plantio, causando danos devido à incidência de fungos. Os acionamentos do Proagro, programa de seguro agrícola, aumentaram à medida que as lavouras atingiram a fase de maturação. Em Alegrete, estima-se uma redução de 15% no potencial produtivo da cultura, com perdas até o momento correspondendo a 10% em relação à produtividade inicialmente prevista.
Na região de Santa Rosa, a colheita já atingiu 11% da área plantada. Das lavouras implantadas, 32% estão em fase de enchimento de grãos e 57% em maturação. Nessa região, também foi identificada uma redução média de 16% na produtividade em relação à estimativa inicial, passando de 3.267 kg por hectare para 2.735 kg por hectare. Na região das Missões, a redução na produtividade é de aproximadamente 20%, com algumas cargas classificadas como triguilho devido ao baixo valor de pH, sendo vendido a R$ 30,00 por saco de 60 kg, como destacado pela Emater.
Em relação à safra 2023/24, a Emater informou que 62% da área estimada para o milho de verão já foi semeada. As lavouras estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, favorecidas pela diminuição das chuvas. As lavouras se recuperaram de uma aparência clorótica causada pela redução na atividade fotossintética nas semanas anteriores, quando as chuvas eram frequentes. A adubação nitrogenada em cobertura foi retomada aproveitando a umidade presente no solo, considerando as previsões de novas precipitações. A semeadura de milho silagem foi concluída nas regiões de Erechim e Frederico Westphalen, com as lavouras em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Quanto ao cultivo de arroz, que está em estágio inicial, ele foi prejudicado pelas chuvas frequentes, que dificultaram o preparo do solo para a entrada das máquinas, conforme relatado pela Emater. A produtividade estimada para o arroz é de 8.359 kg/ha, e em algumas regiões, como em Bagé, o plantio alcançou 10% da área prevista, estando dentro da época preferencial, que se estende até 10 de novembro e coincide com o período de maior disponibilidade de radiação solar no início da fase reprodutiva da cultura.
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