Comentário de Paulo Moura no quadro Análise da Tarde relata que a reforma política teve um grande impacto. O governador teve sucesso em relação ao congresso e ao Lira, que estava em estado de observação para saber se ele venderia o passe ou não. As investigações contra os assessores deles foram suspensas pelo STF e o governo liberou sete bilhões e meio de reais em emendas, além do Ministério da Saúde, do Ministério do Turismo e possivelmente da FUNASA.
O setor está de olho na Caixa Federal e parece que o Lula abriu a carteira, causando um impacto na tropa do centrão. Isso demarca uma nova situação daqui pra frente, onde as dificuldades que o Lula enfrentava no comércio devem ser superadas com o pacto político. Haddad está reunido com Arthur Lira para discutir a questão da arbitragem sobre os litígios do destino do dinheiro dos impostos.
O governo quer que o desembarque seja favorável a ele, o que seria mais uma facada na mão do pagador de impostos. A reforma tem um período de trânsito até 2030 e será implementada aos poucos, mas o setor mais prejudicado é o rural. É curioso ver que os deputados da Frente Parlamentar da Agricultura votaram a favor de uma reforma que taxa fortemente o setor rural. As lideranças rurais dos estados brasileiros devem avaliar melhor a relação com esses deputados, que parecem estar agindo com interesses próprios.
A política é dinâmica e a derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã. O PT sofreu muitas derrotas ao longo de sua trajetória, mas foi demarcando posição e se diferenciando. O ministro Tarcísio teve uma trombada de frente com Bolsonaro e perdeu favoritismo como possível herdeiro político eleitoral. Bolsonaro fez uma aposta política contra a reforma, mobilizou a opinião pública e seu partido contra ela e tombou de frente, ajudando a provocar uma derrota da direita.
Veja o comentário completo de Paulo Moura na análise da tarde de hoje:
https://www.youtube.com/watch?v=uxJI_6psQ78
