EDITORIAL – Assimetria de poder
Aproximadamente 80% das reservas financeiras brasileiras, seja em títulos ou espécie, são cotadas em dólares americanos.
É uma altíssima exposição numa única moeda, e é um poder gigantesco concentrado nas mãos dos EUA.
Isso significa que o Brasil deve ser extremamente cuidadoso em suas posições diplomáticas.
Por questões óbvias, não é aconselhável investir na diplomacia que seja claramente antagônica ao país que é dono do dinheiro das reservas brasileiras.
Em diplomacia, é necessário entender o que é assimetria de poder. E ao detentor do poder de uma nação é recomendado – por óbvio – não fazer declarações impensadas, antagônicas ou ofensivas, sob pena de colocar seu país em situação vexatória, criando desconfiança e suspeitas em assuntos complexos, que infelizmente não se resolvem em uma mesa de bar, tomando uma “cervejinha”, como pretendeu o atual presidente brasileiro, Sr Luís Inácio Lula da Silva.
Situações de complexidade geopolíticas, como as que o mundo vive hoje, não serão resolvidas com voluntarismo político e, muito menos, com declarações dúbias, especialmente de líderes de países de pouca envergadura diplomática.
Ao demonstrar que apóia posições contrárias ao mundo ocidental, o Brasil pode estar entrando em uma discussão que não deveria entrar, da qual não tem experiência nem força, além de demonstrar que não conhece o que significa assimetria de poder.
O Brasil é uma nação de cultura ocidental, e mudar isso do dia pra noite com uma diplomacia titubeante, pode ser muito perigoso.
Não é isso que o Brasil precisa para se desenvolver, ganhar confiança, e respeito mundial.
T&D
