Os perigos dos gastos exagerados e do endividamento são conhecidos de uma boa parcela dos que tem um mínimo de bom senso, mas parece não ser o caso do governo…, aliás, bom senso tem sido um animal mitológico de sete cabeças para o executivo federal em todas as áreas.
A dívida pública cresce de maneira exponencial. Em outras palavras, está fora de controle. E para cobrir os rombos orçamentários o governo contrai dívida, e assim vai fazendo conforme os gastos vão aumentando, numa espiral que alimenta a inflação, reduz investimentos, o poder de compra da população, e os ativos líquidos em poder da sociedade vão perdendo o valor, junto com a desvalorização da moeda.
No Brasil, a inflação é um dragão adormecido com um sono muito leve, qualquer barulhinho, por menor que seja, acorda com fúria e os estragos são bem conhecidos.
O endividamento, quando é destinado à produção de bens e serviços, como é o caso do setor privado que oferece ativos líquidos como garantias, é até benéfico para economia, haja vista que gera empregos e renda. Mas no caso do governo é simplesmente para bancar despesas criadas por má administração, pois o governo não produz absolutamente nada, a não ser despesas.
Este é o perigo.
Quando o governo emite dividas, automaticamente está reduzindo o poder de compra da moeda, retirando capacidade de investimentos do mercado.
Este ano, a taxa de investimento está em 16,8% e a de poupança em 16% do PIB, as mais baixas em 5 anos, e com tendência de piorar, tendo em vista que os saques estão maiores que os depósitos.
São dois dados muito ruins e mostram que o Brasil não terá sequer o voo de galinha na economia. É triste, mas é um fato.
As taxas de poupanças e de investimentos sempre foram baixos no Brasil, e é justamente por isso que não saímos do lugar, vivemos patinando ad eternum. Para mudar esta situação, e melhorar estes dados fundamentais para o crescimento, só há uma saída — o controle de gastos e o superávit nas contas públicas, como aconteceu em 2022, que terminou com um saldo positivo de 54 bilhões, mas neste momento está negativo em 280 bilhões no consolidado em doze meses, e subindo.
O endividamento do setor público é um fardo pesadíssimo para toda a sociedade, que, é de fato, quem paga a conta. A maneira encontrada por maus administradores públicos é o aumento de impostos, exaurindo a capacidade de investimentos, reduzindo o poder de compra da moeda, e fazendo despencar os ativos líquidos da sociedade.
Não há meios de promover crescimento sem um austeridade fiscal, e não é este o caminho que o governo está adotando, aliás, está fazendo justamente o oposto, não se sabe se é por desconhecimento das lições básicas de economia, ou por incompetência, o fato é que estão fomentando um incremento do PIB com endividamento da nação.
Esta é uma conta que nunca fechou, não fecha, e jamais fechará, mas o governo insiste no diagnóstico errado, dando ao paciente o medicamento inapropriado que poderá levá-lo à morte… só que, antes, vem o sofrimento com a doença, uma enfermidade dolorosa que vai matando a economia aos poucos.
E os mais carentes sempre sofrem muito, e em primeiro lugar.
A austeridade fiscal é o único remédio capaz de curar a doença do baixo crescimento do Brasil, e é também a melhor maneira de gerar empregos e distribuir renda. O resto é discurso vazio, é conversa fiada.
T&D
Uma resposta
Muito certo o artigo.
Problema é: quem vai parar a gastança?
O congresso? NÃO
O Judiciário? NÃO e NÃO.
Então…