Para o Presidente Lula parece existir dois mundos.
O mundo real, que ele sabe que existe mas finge desconhecer por ignorância, e o mundo dele, que só existe na cabeça dele e de mais ninguém, e onde ele é, obviamente, o centro de tudo, onde pode prometer e resolver todos os problemas do mundo com um copo de cerveja.
Esta semana, na ONU, onde o mundo é real — e Lula parece não entender isso –, mais uma vez as gafes que lhe são marca registrada, estão tirando o pouco brilho que Brasil ainda tem, ou tinha, haja vista que o país está em chamas, e o presidente disse em discurso hipócrita, “que é preciso fazer mais”, dá pra acreditar?
Desfiou, ainda, um rosário de sandices que chega a ser patético… Por exemplo, as reformas da ONU, do sistema financeiro internacional, uma revisão completa da Convenção de Bretton Woods, e por aí vai.
O Presidente do Brasil quer reformar o mundo, quer reescrever a história com um discurso redundante sobre os problemas da humanidade, e que ele (é isso mesmo, ELE, o cara!, como disse certa vez Barack Obama), tem a solução para tudo, desde acabar com a fome até os conflitos armados espalhados pelo mundo, passando por outras questões que no mundo dele estão sempre em voga no papel e no discurso, mas que na prática passam longe.
Outro exemplo, as promessas de que taxando os super-ricos estaria tudo resolvido, inclusive acabaria com a fome no mundo.. Internamente, porém, o governo petista persegue a produção de alimentos, o agronegócio “fascista”, como ele diz, e ainda estimula invasões de propriedades rurais, uma contradição de quem vive em um mundo paralelo, longe da realidade.
Para o presidente do Brasil, “o cara!”, tudo parece ser falta de vontade política, e que ele, “o cara!”, tem esta vontade política para dar soluções aos problemas que assolam a humanidade.
No mundo dele, tudo parece fácil de resolver, mas no mundo real em que todos nós vivemos, sabemos que não é bem assim, haja vista que o Brasil, país que o partido dele está governando pela quinta vez, tem quase metade dos estados da união que dependem do assistencialismo estatal, cujos níveis de analfabetismo são gritantes, e o saneamento básico parece estar no século XV, a céu aberto em quase 50% dos lares.
Belém, PA, local onde vai se desenrolar a COP 30, tem menos de 20% de coleta de esgoto, e a cidade está entre as piores do Brasil neste e em outros quesitos. Nesse ambiente abjeto pretende sediar uma cimeira sobre meio ambiente, mais uma vergonha para o Brasil.
O Brasil, que o PT está governando pela quinta vez, tem um dos piores índices de produtividade da mão de obra do mundo, e pode piorar ainda mais com a perseguição ao agro, aos opositores políticos. A insegurança jurídica poderá nos levar ao extrativismo de sobrevivência, ou, ao atraso que a esquerda impõe por onde governa. Enfim, os exemplos são sobrados.
Nas questões diplomáticas, o Brasil certamente é insignificante, dadas as posições do presidente que pensa ainda estar discursando em cima de um caixote de madeira improvisado nos sindicatos do ABC paulista, nos anos 1980.
Em seu discurso na ONU, teve o microfone cortado por exceder o tempo, provando mais uma vez que não é afeito às regras do mundo real.
Ainda bem que foi impedido de falar por mais tempo, caso tivesse continuado, teria sido ainda mais vexatório para o Brasil, pois para ele, cujo senso de ridículo não existe, não seria problema nenhum falar bobagens o dia inteiro.
Aqui no Brasil estamos acostumados a isso, infelizmente.
T&D