Em tempos de guerra, há uma demanda enorme de tudo.
Há uma exigência muito grande de material humano, de armamentos, de logística, de muita tecnologia de informação, e tudo isso custa muito dinheiro, então é preciso gastar, e gastar além da conta, pois guerras não são previstas em orçamentos de países, e dinheiro não brota em árvores, e tampouco cai do céu.
Os conflitos bélicos atuais, estão exigindo gastos vultosos, principalmente dos países ocidentais, que estão patrocinando a Ucrânia, e mais recentemente no eterno e belicoso oriente médio, envolvendo Israel e Palestina, mais outros focos de brigas na Ásia.
Como o dinheiro não flui na velocidade da demanda, os países envolvidos, direta, ou indiretamente nos conflitos precisam de financiamento, precisam emitir títulos, precisam contrair dívidas.
Precisam se endividar, precisam sobrecarregar suas economias, e por vezes aumentar impostos para rolagens de dívidas, e com isso pagar juros cada vez mais altos para o capital, que não quer saber se é para isso ou aquilo que precisam de dinheiro extra.
O capital quer remuneração adequada aos riscos, por isso exige juros mais altos, e juros altos, pode significar inflação, e por vezes contração econômica.
Eis o resultado dos endividamentos.
O Brasil, que não está direta, nem indiretamente envolvido em nenhum dos conflitos do mundo, sabendo disso, poderia muito bem por a casa em ordem, reduzir o endividamento, e ficar em posição extremamente tranquila para negociar financiamentos em condições bem favoráveis.
Mas infelizmente não é o que está acontecendo.
O ministério do planejamento, com apenas 1 ano de governo, já desenha déficits próximo dos 200 bilhões, e com tendência de piorar, dadas as declarações do presidente da república.
O capital, que gosta de ganhar o máximo, com o mínimo de risco, certamente não vai deixar de emprestar aos países do ocidente, com aval e a segurança dos EUA, e emprestar para o Brasil sem que os riscos da insegurança sejam devidamente pesados.
E hoje, a insegurança política e jurídica no Brasil são assustadoras, e isso tem um custo alto para investidores, que sabem como negociar e exigir.
E eles estão certos.
O Brasil, felizmente não está envolvido em conflitos armados espalhadas pelo mundo, mas infelizmente está aumentando os gastos em um período de turbulência mundial, algo irresponsável, pra dizer o mínimo.
O Brasil, infelizmente terá que exigir esforços de guerra da sociedade, mesmo estando longe delas, e já há inúmeras propostas para aumento de arrecadação, por meio de aumento de impostos, que é um fardo pesado para um país pobre e em desenvolvimento.
Certamente, com aumento de gastos e aumento de impostos, o Brasil terá que recorrer a financiamentos, e o capital já está pondo preços nessa aventura de gastança desenfreada.
A nação está submetida a esforços de guerra, e totalmente a mercê de uma irresponsabilidade administrativa.
O resultado disso é bem conhecido, já vimos esse filme antes, que não tem os famosos mocinhos, portanto, não tem final feliz.
T&D