Que a suprema corte do Brasil extrapola os limites constitucionais não é surpresa para ninguém, pelo menos para os mais atentos.
Dentre as novas atribuições que Suas Excelências se auto atribuíram, estão algumas que são verdadeiras pérolas do absurdo, e chegam até a ser cômicas, não fossem trágicas.
Vamos a algumas delas.
Certa vez, uma de Suas Excelências votou pela censura com o argumento de que se tratava de situação extraordinária!
Realmente, S. Exa foi tão extraordinária à época, que, provavelmente, continuará sendo extraordinariamente a favor da censura.
É realmente extraordinária a cabeça de S. Exa!
Outra de Suas Excelências decidiu pela proibição de operações policiais nas “comunidades”.
É esta é a mesma S.Exa que pegou os processos contra Lula e os transformou em papel higiênico, trazendo para a presidência do país um cidadão que cumpria pena em regime fechado.
É realmente o suprassumo da suprema defesa da constituição… de algum planeta desconhecido e distante.
E é claro, não podemos esquecer que os brasileiros têm vida eterna, haja vista que foi instituído o flagrante perpétuo, que durará desde agora, e para sempre.
Amém, disse S. Exa, o criador desta piada jurídica, que arrola cidadãos nos inquéritos do fim do mundo!
E tem o caso curiosíssimo de uma de Suas Excelências, que orgulhosamente tinha (ou ainda tem) como guru espiritual, o estuprador de Abadiânia, que dizia ser de deus, e S. Exa acreditava, ou ainda acredita, pois dadas algumas de suas declarações, acho que se orgulha muito de ter frequentado a universidade em Abadiânia, GO.
Esta S. Exa. é aquela que gosta de usar gírias com alguma frequência, do tipo “perdeu mané”, ou frases feitas e perigosas, tais como “eleição não se ganha, se toma”.
E não é que tomaram mesmo!?
Mas o discípulo de Abadiânia tem mais surpresas bem curiosas, e certa vez, em uma destas assembleias estudantis, provavelmente estimulado pela presença dos convivas de mesma idade, vociferou de punho levantado, “vencemos o bolsonarismo”.
E agora, mais recente, ainda bem fresquinho, em uma entrevista extremamente à vontade, falou coisas que são realmente próprias de um discípulo de Abadiânia, tais como a missão da suprema corte é “recivilizar” o país, é isso mesmo, um verbo de natureza curiosa, para dizer o mínimo, e a missão então, só poderia estar na cabeça de um estudante… de Abadiânia e do João, que dizia ser de deus.
Mas ele não parou por aí, disse também nesta entrevista aos holofotes (que S. Exa parece amar de paixão), que determinado homem mais rico do mundo “não tem sinceridade nas defesas da democracia” ou coisa que o valha.
S. Exa, agora tem poderes da onisciência, ou julga tê-los para saber quem está ou não sendo sincero.
Pelo jeito ele imagina ter poderes para penetrar na alma humana e julgar, sem sombra de dúvidas, se determinada pessoa está sendo ou não sincera, mas só os outros, quanto a ele, bem…
A despeito do tom, e do estilo da missiva, tudo isso são fatos, todos conhecidos de cor e salteado, e devidamente registrados em algum canto da rede mundial, e podem ser acessados a qualquer instante por qualquer um, ainda, até que outra de Suas Excelências não acorde um dia qualquer e resolva, monocraticamente, a suspender o uso da internet no Brasil.
Todas estas decisões, e mais uma grosa de outras parecidas, e até piores, foram tomadas por cabeças que são tidas e havidas como tendo “notório saber jurídico” e até, “conduta ilibada”, mesmo depois de perdoar criminosos de colarinho branco, todos réus confessos com assinatura em cartório.
Notável saber jurídico e conduta ilibada!
O que será que significam estas expressões, alguém sabe dizer?
T&D
