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EDITORIAL – Sem empatia

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Em 31 de janeiro de 1953, uma enchente no mar do norte arrasou a Holanda, e atingiu a Bélgica, Inglaterra e Escócia.
A fúria da enchente durou de 31 de janeiro a 5 de fevereiro de 1953, matando 2.551 pessoas nos quatro países, e os danos materiais foram gigantescos.
Já, em 3 de fevereiro (praticamente 3 dias depois), já havia 12.000 homens trabalhando para reparar os danos e recomeçar a vida.
Os holandeses dominaram o mar do norte, e, hoje, são os maiores e mais respeitados do mundo em construções marinhas.
Esse é apenas um exemplo de catástrofes naturais no mundo, e, em 1953 – frise-se – não era culpa do aquecimento global.
No Brasil de hoje, o estado do Rio Grande do Sul está sofrendo a pior enchente desde 1941, que está arrasando áreas urbanas e rurais com mortes de pessoas, animais e destruição de lavouras, prejuízos ainda incalculáveis.
Enquanto em 1953, a fúria do mar do norte destruía a Holanda e atingia outros países, em 3 dias havia 12.000 homens trabalhando e prestando socorro às vítimas, na tragédia do nosso Rio Grande do Sul, o que realmente importa para o presidente da república é dizer que torce para o Grêmio e o Internacional, ambos de Porto Alegre, que neste momento está muito triste.
É absolutamente incompreensível que um presidente da república tenha um comportamento tão desumano como este, que, ao invés de demonstrar solidariedade e oferecer ajuda, fala asneiras sem o menor constrangimento.
Não tem empatia, não parece humano.
É constrangedor.
As catástrofes naturais existem desde sempre, e continuarão a existir, não tiveram, não tem, e nunca terão como culpado o aquecimento global ou coisa parecida.
A natureza tem vida própria e não obedece a comandos humanos, que chegaram ao planeta mais de 5 bilhões de anos depois dele formado, portanto, chega a ser infantil achar que nós, simples mortais, podemos alterar a natureza climática de quem tem uma idade dessas.
O ser humano tem que aprender a lidar com estas violências climáticas, como fizeram os holandeses que dominaram o mar do norte, trazendo prosperidade para população.
Em casos como o que está acontecendo no Rio Grande Sul hoje, o que realmente precisa é de esforço e trabalho humano para reparar danos e as pessoas possam recomeçar suas vidas, mas infelizmente, essa ajuda não está aparecendo. Os governos estadual e federal estão tímidos, e pouco apresentam para reduzir o sofrimento dos gaúchos.
As Forças Armadas estão aquarteladas, ao invés de prestar socorro às vítimas.
Inadmissível!
Eventos climáticos com esse potencial destrutivo continuarão, e não é culpa de aquecimento global. O sofrimento humano faz parte da vida no planeta, mas a falta de socorro de governos, e figuras públicas sem o mínimo de empatia, dando declarações estapafúrdias, chega a ser crime.
Amar o próximo pode ser opção para muitos, mas nesses momentos, é obrigação, é um dever absoluto.

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