EDITORIAL – Sinais de fraqueza

O governo Lula revogou as tais medidas de acompanhamento do Pix.
É isso mesmo, voltou atrás diante do estrago de proporções épicas causado na opinião publica. Não agüentou a pressão e recuou da decisão, dando mostras, entre outras coisas, de muita fraqueza e incompetência para lidar com adversidades desta natureza.
O recuo revelou também que Lula já não tem capacidade para sustentar suas próprias ideias e decisões. Trocando em miúdos, é um governo titubeante, fraco.
Muito fraco.
Este caso, de recuar de decisão por não ter capacidade de argumentação suficiente e uma péssima comunicação, é sintoma que remete a mais questionamentos. E, assim, a coisa fica ainda pior.
Vamos ao caso da reforma tributária, cujas dúvidas ultrapassam a casa do imponderável…
Ontem, 5ª.feira, o responsável pela reforma, Bernard Appy, disse que “estima o IVA em torno de 28% após regulamentação”. Valor que coloca nosso País na triste posição de ter de arcar com a maior taxa de impostos do Mundo.
Pior é que o responsável pela reforma tributária apenas “estima” o valor da alíquota do IVA (??!!)
Trocando em miúdos, o Sr. Appy supõe, ou melhor, não sabe, e, portanto, está trabalhando no campo das possibilidades e das probabilidades. Só terá a certeza, diz ele, somente após a regulamentação da reforma, o que torna tudo isso surreal, pois está propondo reformar algo cujos resultados não tem conhecimento.
Está conjugando o verbo no condicional em matéria que exige exatidão matemática.
É absolutamente surreal que tais coisas sejam aprovadas nas casas legislativas.
Junte-se a isso o retumbante recuo das medidas do Pix, e fica claro que o Brasil está sendo governado por ideias e decisões obscuras, que a qualquer momento, dependendo da temperatura da opinião publica, podem revogadas e tudo terá sido uma enorme perda de tempo e de dinheiro, obviamente.
Aliás, falando em dinheiro, já esvaziaram os cofres.
Quanto à credibilidade do governo, bem, dispensa comentários.
Chega a ser apavorante pensar no futuro do povo brasileiro.
T&D