Tática de distração
Há determinados assuntos que a imprensa, o meio político, e a sociedade, convencionaram chamar de a “pauta de costumes”.
Geralmente são temas controversos, polêmicos, como aborto, drogas, questões raciais e religiosas, porte de armas, CACs, e também as chamadas minorias.
Pautas que devido a um alto grau de subjetividade, chamam a atenção da sociedade e, portanto, estarão no debate, ad aeternum.
Mas em administração, não importa se pública ou privada, deve se cuidar primeiramente das questões financeiras, palpáveis, objetivando dar sustentabilidade, garantias de sobrevivência ao longo do tempo, e no caso público, garantir um mínimo de satisfação econômica aos cidadãos, que são os pagadores de impostos, e que sustentam a máquina pública.
Quando a administração pública não está tomando decisões minimamente acertadas, obviamente que a insatisfação aparece, seja em pessoas físicas, que deixam de acreditar e consumir, ou pessoas jurídicas, que abandonam investimentos, gerando queda de produção e desemprego, consequentemente, comprometendo o crescimento da economia e a arrecadação de impostos.
Quando assuntos ligados à pauta de costumes surgem, em meio descrença e a desaprovação da sociedade com a economia, via de regra, tem a intenção de desviar o foco de questões ligadas à área econômica, que vai mal, e a sociedade sente imediatamente que projetos de consumo não vão se realizar.
O que causa estranheza, e não pouca, é que a tentativa de desviar o foco, está surgindo também da instituição da república, que não têm prerrogativas constitucionais para legislar sobre os temas ligados aos costumes , desviando ainda mais o foco dos problemas reais do país.
Desviar o assunto, não resolve os problemas econômicos, apenas mascara a realidade, e logo eles serão ainda maiores, e no fim da festa, a linda carruagem voltará ser abóbora novamente.
Aliás, a picanha virou abóbora no início da festa, e as distrações usadas pela imprensa, e pelo governo, não estão contribuindo para o bom andamento da economia.
E nunca vão contribuir.
T&D
