Os acontecimentos recentes envolvendo uma de Suas Exas da Suprema Corte, ainda que sejam apenas indícios, são realmente preocupantes, e se faz necessário perguntar: quem expôs essas conversas na vitrine da opinião pública?
A resposta a essa pergunta pode até parecer meio controversa, mas quem o fez, não tem a menor importância.
É isso mesmo, saber o nome, sobrenome, endereço, cpf e rg da pessoa que expôs essas conversas bizarras, não tem a menor importância.
O que realmente importa, é que quem o fez se sentiu no dever de mostrar que a justiça brasileira está tomando caminhos tortuosos, com a pretensão, e falso objetivo, de defender a democracia.
Sim, quem fez a exposição deste triste episódio, que põe em xeque a atuação do judiciário brasileiro, sabe, e se sentiu na obrigação de informar, que a justiça no Brasil não é cega, e não tem os olhos vendados como representada na estátua em frente à suprema corte de justiça (justiça?).
Quem o fez certamente também sabe dos riscos que está correndo lidando com pessoas duvidosas, expondo fatos tenebrosos, que mancham de maneira perpétua o judiciário brasileiro.
Quem expôs essa ignomínia jurídica e persecutória, em que os fins justificam os meios, e os meios não respeitam os trâmites legais, sabe, certamente, que está lidando com pessoas cuja capacidade de eliminar opositores não tem limites, como já provado, e que provavelmente continuará sem piedade, e nenhum apreço pelo tão desgatado estado democrático de direito.
Quem fez a divulgação destes fatos sabe que o exercício do direito não pode ser executado ao arrepio da legalidade, para usar uma expressão soft, fora das quatro linhas, longe de todos os ritos processais exigidos pela verdadeira democracia, que impõe a civilidade e o direito de defesa.
Neste momento triste da história jurídica do Brasil, onde a suprema corte de justiça é manchete na imprensa mundial por motivos negativos, que podem ser comparados com a cortes de justiça de ditaduras sanguinárias, a nação brasileira está chorando as dores de parto, com o nascimento de tribunais de exceção, sempre prontos a executar em nome de qualquer coisa, inclusive da democracia.
Quem fez a exposição destes fatos que mancham a história jurídica do Brasil, teve suas motivações que, neste momento, só podemos imaginar quais foram, mas quanto aos perigos que irá enfrentar, quanto a isso, sabemos muito bem quais são.
As motivações deste ato, apenas imaginamos, mas o perigo que corre, temos certeza.
Quem fez estas divulgações teve muita coragem, e corre perigo iminente e inimaginável, e, infelizmente, não poderá recorrer à justiça.
É realmente muito triste.
T&D