É certo que a eleição de Donald Trump, da maneira como foi, deu a ele autoridade para fazer o que prometeu, e ele está cumprindo à risca.
Em que pese alguns ineditismos destas ações, Trump está chacoalhando o mundo com bastante vigor, provocando o direito de espernear aos derrotados em todos os cantos e redações mundo afora.
Mais recente, cortou o programa USaid, responsável por 72 bilhões de dólares anuais retirados dos cidadãos norte-americanos, e que representam 42% de toda ajuda mundial americana aos mais diversos programas de assistência. Alguns até parecem sensatos, mas um nos chama bastante atenção, que é a ajuda financeira distribuída mundo afora para combate a corrupção. (!!)
É isso mesmo, dinheiro a fundo perdido para combater a corrupção, cujos efeitos colaterais são conhecidos da ciência criminal, especialmente no Brasil.
Donald Trump, com estes cortes, está chacoalhando o mundo, especialmente todo o aparelhamento ideológico incrustado nas administrações públicas do mundo socialista/social democrata e suas políticas duvidosas, disfarçadas de preocupações com as “populações vulneráveis” e minorias disso, aquilo e mais aquilo outro, como ainda o combate ao apocalipse climático e outras pautas subjetivas e “progressistas”.
A eleição de Donald Trump tem, portanto, um significado simbólico gigantesco para a direita mundial.
Aqui no Brasil, contudo, isso pode não resultar em efeitos desejados por uma simples razão, que é a falta de senso de oportunidade da direita.
A direita brasileira está se lambuzando antes de chegar ao pote de melado, pois já há as mais variadas personas candidatando-se à presidência da república nas eleições de 2026, portanto a 22 meses do dia das votações.
Todos os pretendentes acham-se capazes de resolver os problemas do Brasil, mostram-se todos probos e competentes com suas varinhas mágicas a tira colo.
A direita brasileira avançou sim, não há dúvida, mas esqueceu-se de que o estado brasileiro é altamente aparelhado e qualquer tentativa de mudança mais brusca tem grande chance de ser debelado com facilidade pelos tribunais judiciais.
Portanto, a direita brasileira precisa, primeiro, consolidar-se como esperança do povo brasileiro, com um projeto de nação plausível, crivel de ser implantado. Mas até o momento isso não está claro.
Por sua vez, com décadas doutrinando e aparelhando o país, a esquerda está entranhada na administração pública, do mais simples ao mais graduado servidor, e isso não se muda com uma, duas ou três eleições vitoriosas.
O governo respira por aparelhos, mas a direita está batendo cabeças, preocupada com nomes e pesquisas extemporâneas fora de propósitos.
A direita brasileira precisa aproveitar os ventos das mudanças provocadas por Trump e marchar, unida, para conquistar os corações e mentes da maioria dos brasileiros.
Este é o desafio.
(T&D).
na defesa do Agro
