EDITORIAL – Voto de confiança

A imprensa mundo afora se ocupa, hoje, única e exclusivamente com a posse de Donald Trump, o 47⁰ presidente eleito dos EUA.
Há as mais variadas opiniões sobre como deverá ser este segundo mandato do republicano. A maioria joga dúvidas e trata com alguma desconfiança de como deverá ser a política e a economia nos EUA e no mundo.
Declarações de Donald Trump sobre os mais variados assuntos podem até despertar ceticismo em determinadas opiniões, mas há um detalhe que está sendo desconsiderado: O Donald Trump que tomara posse hoje, não é o mesmo Donald Trump que assumiu em 2017…, e o mundo, obviamente também mudou.
Mr. D. Trump hoje tem um conhecimento muito maior da máquina estatal que tinha no mandato anterior, e isso tem um peso considerável. Desta vez, ele estará cercado de pessoas bem mais confiáveis a ele, e todas muito convictas das ideias e dos projetos do republicano, que fará enorme diferença do mandato anterior.
Por fim, o mais importante de tudo, os republicanos dominam as casas legislativas e isso, sem dúvida, deixa o caminho mais fácil para aprovação de projetos. Portanto, derrotas legislativas ficam fora de questão.
Quanto ao apoio do mercado em geral, das big tecks e da sociedade, dispensa-se comentários, dado o resultado final das eleições, com vitória folgada nas casas legislativas, no colégio de delegados e nas urnas.
Mas os principais pontos desta segunda administração, que começa oficialmente hoje, são as preocupações com os gastos públicos, opinião também já externada por J. Powell do FED, e que D.Trump incumbiu Elon Musk de cuidar.
Tanto as falas de Trump e de Musk têm objetivos ambiciosos e de êxito difícil, mas a simples preocupação já é suficiente para mostrar ao mundo que os EUA estão comprometidos com a responsabilidade fiscal, preocupados que estarão em apontar para onde vai o dinheiro do contribuinte.
E há também, e muito importante, uma preocupação com a liberdade e com a democracia, demonstrada pelas decisões das big tecks de mudarem as políticas de moderação de conteúdo, dando mais liberdade para os usuários. Isso em consonância com o que determina a primeira emenda da constituição americana.
Estes dois pontos são fundamentais no mundo atual, e os EUA, hoje republicanos, estão dando o exemplo de como devem se comportar as nações que auto-intitulam-se democráticas.
Por isso, preferimos não fazer coro com os que estão conjecturando que, a partir de hoje, Trump jogará o mundo em uma era de incertezas e escuridão. Preferimos aguardar os fatos, até mesmo porque, mais escuridão que os dias atuais, parece-nos difícil, e os fatos comprovam isso.
T&D
em desfesa do Agro