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Enchente do século deixou ao menos 158 mortos na Espanha

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(Fonte: Climatempo) Chuvas torrenciais causaram estragos no sul e leste do país, e autoridades ainda buscam por desaparecidos. Na região de Valência, choveu em oito horas mais que nos últimos 20 meses

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Autoridades espanholas atualizaram nesta quinta-feira (31/01) para 158 o número de mortos nas inundações-relâmpago que devastaram o leste do país no início da semana.

O saldo de vítimas do pior desastre natural na história recente da Espanha aumenta à medida que os serviços de resgate avançam por áreas arrasadas pelas chuvas torrenciais que caíram entre a terça e a quarta-feira.

Na região de Valência, onde há 155 mortes confirmadas, a força da enxurrada arrastou carros, árvores e destroços de casas e comércios pelas ruas cobertas de lama. Pontes também foram destruídas e algumas estradas estão intransitáveis. A polícia e os serviços de resgate usaram helicópteros para retirar pessoas de casas e carros.

Ainda não se sabe quantas pessoas estão desaparecidas. O governo da Espanha declarou três dias de luto oficial, a começar na quinta-feira.Segundo o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, a prioridade agora é encontrar as vítimas e desaparecidos, “para que possamos ajudar a acabar com o sofrimento das famílias”.

Mais chuva em 8 horas que nos 20 meses anteriores

As chuvas torrenciais causaram estragos em várias partes do país, principalmente nas regiões de Valência, Andaluzia e Múrcia.Segundo o Aemet, serviço meteorológico do país, partes de Valência receberam em oito horas mais água de chuva do que nos 20 meses anteriores.

Além das fortes chuvas, houve também queda de granizo e fortes rajadas de vento. O Aemet previu que as tempestades devem continuar até esta quinta-feira.O transporte aéreo e ferroviário também foi afetado. Um trem de alta velocidade com quase 291 pessoas a bordo descarrilou perto de Málaga devido a um deslizamento de terra. A empresa ferroviária estatal Renfe informou que o acidente, porém, não deixou feridos.

O serviço de trens de alta velocidade e outras linhas de passageiros entre Valência e Madri foi interrompido. Aulas tiveram de ser canceladas em várias escolas e universidades. Propriedades rurais também foram devastadas.Brigadistas e mais de 1,1 mil soldados da unidade espanhola de resposta a emergências foram deslocados para as regiões afetadas, e o governo da Espanha criou um comitê de crise para coordenar os esforços de resgate, presidido pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

Tempestades após fortes secas

A tempestade já havia atingido Mallorca e outras Ilhas Baleares na segunda-feira, onde um alerta amarelo de tempestade ainda está em vigor para algumas áreas.As chuvas excepcionais vêm após a Espanha sofrer quase dois anos com uma seca severa, que comprometeu a capacidade de drenagem do solo.

Cientistas afirmam que o aumento dos episódios de clima extremo provavelmente está associado às mudanças climáticas. À medida que as temperaturas globais aumentam, o ar mais quente retém mais umidade, o que intensifica os níveis de precipitação.Atividades humanas, como desenvolvimento urbano, desmatamento e infraestruturas inadequadas, também contribuem significativamente para os riscos de inundações.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o grupo de pesquisa Climate Central disse que um sistema de baixa pressão, responsável pelas enchentes na Espanha, se conectou a um “rio atmosférico” carregando excesso de umidade de um Atlântico Tropical mais quente que o normal.Segundo o grupo, a mudança climática causada pelo homem tornou essas temperaturas elevadas da superfície do mar de 50 a 300 vezes mais prováveis.

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