Paulo Moura comentou sobre a notícia de que o ministro do trabalho está ameaçando a volta do imposto sindical, que seria três vezes maior do que antes. Segundo ele, é preciso esperar um pouco para ver as reações, mas sua opinião é de que o imposto não passa.
As reações vieram de dois lados. Primeiro, dos sindicatos patronais, cuja reação foi absolutamente contrária ao imposto. Apesar de se beneficiarem do imposto sindical, as entidades patronais têm canais com os empresários para manter suas receitas. Além disso, as federações empresariais têm acesso à gestão do SESC e do SENAI, entre outras entidades associadas ao complexo de representação empresarial.
A reação mais importante veio de Arthur Lira, presidente da câmara, que afirmou claramente que no Congresso o imposto não passa. Lira tem um termômetro do congresso e está fechando um acordo com o governo Lula. Ele está tranquilo em relação à entrada dos partidos do centrão no governo mais para o final do ano, mas a questão do imposto sindical parece estar fora da agenda dos acordos.
Lira e outros parlamentares são muito ciosos das reformas aprovadas desde o governo Temer, como a reforma trabalhista e algumas reformas aprovadas na gestão do presidente Bolsonaro. Eles afirmam que o Congresso é liberal conservador e não quer retroceder nessas agendas, como a reforma administrativa e a reforma trabalhista, que inclui a extinção do imposto sindical.
Veja o comentário completo de Paulo Moura no quadro Análise da Tarde de hoje:
https://www.youtube.com/watch?v=MAJc8PZq78Y