As exportações brasileiras de produtos agropecuários totalizaram em janeiro US$ 10.999 bilhões, informou o Ministério da Agricultura, em nota. O valor é o segundo maior registrado para o mês, mas 5,30% inferior ao obtido no mesmo mês do ano passado, o equivalente a uma queda de US$ 616 milhões em relação aos US$ 11.615 bilhões registrados um ano antes. O setor representou 43,70% das exportações totais do País no último mês, em comparação com 43,50% de janeiro de 2024.
No mês, segundo o MAPA, ocorreu uma redução nas exportações de soja, milho e do complexo sucroalcooleiro, o que afetou o resultado de janeiro. “A queda ocorreu em função, principalmente, da redução do índice de quantidade das exportações, que caiu 10,10%”, informou a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) da Pasta, em nota técnica. “Por outro lado, houve um aumento de 5,30%no índice de preço das exportações, compensando, em parte, a queda no volume exportado. Uma análise dos preços internacionais de diversas commodities agropecuárias revela uma alta nos preços de diversos produtos exportados pelo Brasil: café, celulose, carnes, suco de laranja, fumo, cacau, dentre outros”, informou a Secretaria.
O MAPA destacou ainda que seis setores superaram a cifra de US$ 1 bilhão em exportação cada um: carnes (18,90% do total), produtos florestais (13,80%), café (13,20%), complexo soja (10,10%), complexo sucroalcooleiro (10%) e cereais, farinhas e preparações (9,10%). Juntos, representaram 75,10% de tudo o que foi exportado pelo agronegócio brasileiro no último mês e foram os principais produtos vendidos ao exterior em janeiro.
Todos os demais setores exportadores embarcaram ao exterior o equivalente a US$ 2.7 bilhões, cifra que significou um aumento de 32,50% nas exportações em comparação com os US$ 2.1 bilhões exportados em janeiro de 2024. “Pode-se dizer, desta forma, que houve uma desconcentração das exportações dentre os demais setores exportadores”, indicou a Secretaria na nota técnica. No mês, também houve recorde nas exportações brasileiras de café verde, celulose, algodão e carne suína, segundo o MAPA.
Entre os destinos, a China se manteve como a principal importadora de produtos do agronegócio brasileiro em janeiro, seguida pela União Europeia e Estados Unidos. Os embarques brasileiros à China, contudo, caíram 31,10% em janeiro, com as exportações recuando para US$ 2.05 bilhões. A queda nas vendas reduziu a participação da China de 25,60% para 18,60% em um ano. “A queda nas vendas de soja em grão (- US$ 677.2 milhões); milho (- US$ 230.4 milhões); algodão não cardado e não penteado (- US$ 175.6 milhões) e açúcar de cana em bruto (- US$ 143.1 milhões) foi o que mais contribuiu para o resultado registrado”, explicou a Secretaria na nota técnica.
No último mês, os principais produtos exportados para o mercado chinês foram celulose, carne bovina in natura, soja em grão, fumo não manufaturado e algodão não cardado e nem penteado, que, juntos, representaram 83,90% de tudo que foi exportado para o país asiático no período.
As importações de produtos agropecuários aumentaram 9,50% no primeiro mês do ano em relação a janeiro de 2024, totalizando US$ 1.841 bilhão, equivalente a 8% do total importado pelo País no período. Entre os principais produtos importados, houve um aumento de 113,70% na aquisição de produtos do complexo sucroalcooleiro; de 36,50% de produtos florestais; de 33,80% de óleo de palma e de 18,70% de malte. “Além das aquisições desses produtos, houve importações de inúmeros insumos necessários à produção agropecuária no Brasil: fertilizantes (US$ 931.3 milhões; + 15,50%) e defensivos (US$ 409.9 milhões; + 011,4%)”, destacou o MAPA.
O superávit da Balança Comercial do setor em janeiro foi de US$ 9.158 bilhões, abaixo dos US$ 9.934 bilhões do mesmo período de 2024.