A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) alerta para os impactos negativos provocados pela escassez de chuvas e pelas altas temperaturas nas plantações de soja do Estado. Esses fenômenos resultaram em perdas de produtividade, necessidade de replantio e comprometimento da janela de semeadura do milho. Em comunicado, a entidade relata que alguns agricultores planejam reduzir a área destinada ao milho, e há casos em que produtores optarão por não semear a cultura na safra 2023/2024.
O presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, expressa grande preocupação diante dessa situação, destacando a complexidade do desenvolvimento e a insegurança dos produtores em relação à comercialização e aos investimentos. A entidade cita dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), indicando que, até a última sexta-feira (10), a semeadura da soja atingiu 91,82%, apresentando um atraso de 3,69 pontos percentuais em comparação à média dos últimos cinco anos.
A Aprosoja destaca exemplos específicos, como a Fazenda Galera, em Conquista D’Oeste, que, neste período no ano passado, já havia semeados 80% das lavouras, mas ainda não iniciou o plantio para a temporada 2023/2024, mesmo estando a pouco mais de 40 dias do encerramento do período de semeadura (até 24 de dezembro). Na Fazenda Flor de Lis, em Santo Antônio do Leste, o plantio começou com 20 dias de atraso, e a falta de chuvas levou ao replantio de 120 hectares, resultando em uma redução de 70% na área destinada ao milho. Na Fazenda Juliana, em Sorriso, o plantio da soja está com 10 dias de atraso, e estima-se uma redução de 15% a 20% na produtividade. Esses desafios colocam os agricultores em uma posição delicada, com impactos significativos em suas operações e decisões futuras.
Fonte Broadcast Agro