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Ibovespa tem queda discreta com expectativa sobre Selic atenuando exterior negativo

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(INVESTING) – O Ibovespa fechou com um leve recuo nesta quarta-feira, apesar de perdas expressivas em Wall Street após corte da nota de crédito dos Estados Unidos, com agentes financeiros voltando as atenções para o Banco Central, que pode começar um amplamente esperado processo de flexibilização da Selic.

A temporada de resultados também continuou no radar, com Cielo despencando mais de 9%, mesmo após reportar lucro líquido de 708,5 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, alta de 11,5% ano a ano.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,32 %, a 120.858,72 pontos. No pior momento do dia, chegou a recuar a 119.797,92 pontos.

O volume financeiro somou 20,8 bilhões de reais, de uma média diária do ano de 25,75 bilhões de reais.

O Comitê de Política Monetária (Copom) tem mantido a taxa básica de juros em 13,75% ao ano desde meados do segundo semestre de 2022, quando encerrou um movimento que tirou a Selic da mínima histórica de 2% — atingida em agosto de 2020, quando a economia sentia os efeitos da pandemia de Covid-19.

Pesquisa da Reuters com 46 economistas publicada na semana passada mostrou que 36 esperam que o Copom corte os juros em 0,25 ponto percentual, enquanto dez aguardam uma queda de 0,50 ponto. Na curva de DI, também não há consenso sobre o resultado da reunião, mas as apostas em redução de 0,25 ponto voltaram a ser majoritárias.

A decisão será conhecida ainda nesta quarta-feira.

Na visão de estrategistas do JPMorgan (NYSE:JPM), uma redução de 0,50 ponto poderia dar um impulso ao mercado, enquanto uma eventual queda em caso de um corte de 0,25 ponto seria uma oportunidade de compra, conforme relatório a clientes nesta quarta-feira, ressaltando que a equipe de economia do banco espera diminuição de 0,25 ponto.

“Nos próximos meses, o ritmo da flexibilização, juntamente com a magnitude total do ciclo, continuará a guiar os movimentos do mercado, desde que haja uma sensação de que há uma oportunidade de ‘re-rating’ à frente”, afirmam Emy Shayo e equipe no relatório.

Eles estimam que o Ibovespa pode avançar para perto de 135 mil pontos até o final de 2023 apenas com base na expansão de múltiplos impulsionada por juros mais baixos. “Além desse nível, será preciso ver o crescimento dos lucros e/ou a compressão do risco para que o mercado se expanda ainda mais.”

A bolsa brasileira já vem precificando há meses a perspectiva de corte da Selic no segundo semestre, apoiada, entre outros fatores, em uma melhora relevante em dados de inflação corrente e projeções, além de avanços em pautas no Congresso, incluindo a nova regra fiscal e a reforma tributária.

O Ibovespa contabilizou em julho o quarto mês seguido de alta, e acumula até esta quarta-feira um ganho de 10,1% no ano. O capital externo voltou para as ações na B3 (BVMF:B3SA3), com as compras por estrangeiros superando as vendas em junho e julho, ampliando o fluxo em 2023 para mais de 24 bilhões de reais, sem incluir IPOs e follow-ons.

Ainda assim, o pregão paulista não passou ileso às quedas relevantes em Wall Street, chegando a perder o patamar dos 120 mil pontos momentaneamente. Em Nova York, o S&P 500 cedeu mais de 1% após a Fitch rebaixar o rating dos EUA para AA+, de AAA, citando a deterioração fiscal nos próximos três anos.

Para analistas do Itaú BBA, o Ibovespa pode engatar um novo rali nos próximos dias.

“Depois de começar a semana apontando para a máxima da semana anterior, o índice deu uma pausa, como um sinal de espera sobre os próximos eventos. E hoje é dia de decisão de juros por aqui. Esse será o ‘gatilho’ que os investidores estão esperando para superar os 123.000 pontos?”, afirmaram em relatório.

“O fato é que se o índice superar essa região, sob o olhar da análise gráfica, podemos retomar o cenário positivo em busca de 126.600 e da máxima histórica em 131.200 pontos.”

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