O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou um aumento de 0,59% em novembro, mostrando uma aceleração em comparação com o ganho de 0,50% no mês anterior, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. A instituição destacou que essa elevação foi impulsionada por uma nova pressão no setor de commodities.
A expectativa dos analistas, de acordo com pesquisa da Reuters, era de um avanço de 0,60%. No acumulado de 12 meses, o IGP-M ainda registra uma queda de 3,46%, sendo a menos intensa desde abril deste ano (-2,17%).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do índice geral e que avalia a variação dos preços no atacado, teve um aumento mais expressivo de 0,71% neste mês, em comparação com 0,60% em outubro. O coordenador dos índices de preço da FGV, André Braz, observou um aumento significativo nos preços das commodities que compõem o índice ao produtor, destacando os aumentos no farelo de soja (de 0,51% para 5,41%) e no café em grão (de -1,60% para 6,36%). Além disso, o subitem óleo diesel apresentou um salto de 6,56% no período.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no índice geral, registrou um avanço de 0,42% em novembro, superando a alta de 0,27% do mês anterior. André Braz explicou que a inflação ao consumidor aumentou devido a fatores climáticos que impactaram negativamente a oferta de alimentos in natura, destacando os aumentos significativos da cebola (de -5,20% para 38,53%) e da batata-inglesa (de -5,40% para 20,94%).
Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou sua alta para 0,10%, em comparação com 0,20% em outubro.
Os dados divulgados pelo IBGE na véspera mostraram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) aumentou 0,33% em novembro, acelerando em relação à alta de 0,21% em outubro.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Fonte Reuters