Em outubro, as importações de soja brasileira pela China registraram um aumento significativo de 71% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme revelado por dados divulgados nesta segunda-feira. Esse crescimento foi impulsionado pelos preços mais baixos decorrentes de uma safra abundante no Brasil. Segundo a Administração Geral das Alfândegas, a China recebeu 4,81 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira durante o último mês.
A extraordinária produção de soja no Brasil na safra anterior continua a exercer impacto nas importações chinesas, especialmente nos últimos três meses de 2023, um período historicamente dominado pela soja recém-colhida dos Estados Unidos. Traders e analistas haviam previsto essa influência no início de novembro. As importações provenientes dos EUA diminuíram significativamente, passando de 772.787 toneladas no ano passado para apenas 228.264 toneladas neste ano.
Embora as compras chinesas de produtores norte-americanos tenham permanecido abaixo da média ao longo do ano, observou-se, nas últimas semanas, um aumento considerável nas aquisições da China, que é o maior importador mundial de soja, vindo dos Estados Unidos.
Essa recente onda de compras coincide com as condições climáticas irregulares que afetaram o início da temporada de cultivo de soja no Brasil, o principal produtor global. Em outubro, as importações totais de soja pela China atingiram 5,16 milhões de toneladas. Nos primeiros dez meses de 2023, o país importou um total de 59,68 milhões de toneladas de soja do Brasil, representando um aumento de 21% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as importações norte-americanas diminuíram 1,8%, totalizando 18,78 milhões de toneladas.
Além disso, as importações de milho brasileiro pela China alcançaram 1,8 milhão de toneladas em outubro, praticamente abrangendo a totalidade das remessas de 2,04 milhões de toneladas que chegaram ao país no último mês.
Fonte Reuters