Uma carga de farelo de soja da Louis Dreyfus Company destinada à exportação a partir do Porto de Paranaguá, foi devolvida para reprocessamento em uma das esmagadoras da empresa, informou a processadora de grãos à Reuters nesta quarta-feira.
A LDC se recusou a fornecer detalhes como o cronograma da recusa da carga, o tamanho da mesma ou seu destino, bem como a natureza do problema com o produto.
No entanto, uma pessoa com conhecimento do assunto disse que o farelo de soja da LDC foi enviado por caminhões para o Porto, mas posteriormente rejeitado na semana passada por conter impurezas.
A capacidade do Brasil de rastrear cargas de commodities agrícolas está sob minucioso escrutínio depois que a China suspendeu cinco exportadores locais de soja, citando não conformidades de produtos no início deste mês.
“A Louis Dreyfus Company (LDC) esclarece que com relação à carga citada, haja vista a inexistência de qualquer tipo de adulteração ou agentes nocivos, realizou o procedimento estabelecido na legislação em vigor, retornando a carga para reprocessamento”, informou a empresa, em um comunicado.
A autoridade portuária informou que desde janeiro, 44 caminhões carregados com farelo de soja foram “desclassificados devido à presença de materiais estranhos”, citando gravetos e grãos quebrados de soja.
O Porto não divulgou o nome das empresas responsáveis pela mercadoria. No caso destes 44 caminhões, não há a necessidade de descarte do produto, pois a carga pode retornar à origem para a remoção das impurezas.
A confirmação da recusa do farelo de soja da LDC ocorreu depois que as autoridades do Porto de Paranaguá informaram na terça-feira, que outros 51 caminhões carregados com 2.200 toneladas de farelo de soja foram recusados por “adulteração de produto”, sem nomear as empresas envolvidas.
A LDC informou que nenhuma de suas processadoras de soja nos Estados do Paraná, Mato Grosso e Goiás havia enviado farelo de soja supostamente contaminado para Paranaguá.
A fonte disse que a origem da carga de farelo de soja era a processadora da LDC em Ponta Grossa, no Paraná.
Reuters