Mato Grosso deverá colher 47.05 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25, queda de 0,27% em relação ao ciclo anterior, mesmo com área plantada recorde de 7.02 milhões de hectares, segundo dados do IMEA. A produtividade média estimada é de 111,72 sacas por hectare.
A leve queda da produção é explicada pela manutenção da produtividade em um ano de aumento da área. “Abril será um mês chave para a definição do potencial produtivo, com atenção especial às chuvas, temperaturas e incidência de pragas nas lavouras”, informou o IMEA no relatório de oferta e demanda.
Na comparação anual, a área plantada aumentou 3,20%, impulsionada pela alta dos preços. Já os estoques finais da temporada devem registrar forte queda de 62,79%, para apenas 166.640 toneladas. O volume reflete a combinação de um menor estoque inicial, um ritmo mais lento de exportações e comercialização acelerada da safra anterior, cujas vendas atingiram 98,93% até março.
Do lado da demanda, o consumo interno em Mato Grosso deve totalizar 16.46 milhões de toneladas, aumento de 4,04% em relação a 2023/24, influenciado principalmente pela demanda da pecuária. Já o consumo interestadual está estimado em 4.80 milhões de toneladas, queda de 18,14%. As exportações, por sua vez, foram ajustadas para 26.07 milhões de toneladas (- 1,24%).
A estimativa total de demanda do Estado caiu 0,90% em relação ao relatório mais recente, totalizando 47.33 milhões de toneladas. Com isso, a diferença entre oferta e demanda deixa o mercado mais justo e pressiona a recomposição de estoques.
No mercado, a paridade de exportação para julho/25 registrou alta de 2,76% na semana passada, acompanhando a alta de 14,03% no prêmio portuário de Santos. O preço médio negociado da safra 2024/25 foi de R$ 46,65 por saca em março, alta de 3,38% em relação a fevereiro, enquanto a safra 2025/26 começou a ser vendida aos R$ 43,47 a saca, alta de 3,94%.
A comercialização do ciclo 2024/25 atingiu 41,89% da produção estimada, avanço de 4,40% em relação a fevereiro e 16,71% à frente da média do mesmo período do ano passado. Já as vendas da safra 2025/26 atingiram 1,86%.
