Esta semana, o mercado financeiro global enfrenta mais uma vez a possibilidade de volatilidade devido aos conflitos em andamento no Oriente Médio. Após o ataque surpresa do Hamas a Israel na semana passada, o preço do petróleo tipo Brent aumentou em 7,46%, ultrapassando a marca de US$ 90 por barril.
Na sexta-feira passada, os principais índices das bolsas de valores da Europa e do Brasil caíram devido às preocupações sobre uma potencial intensificação do cenário geopolítico. As forças armadas israelenses estão planejando uma operação ofensiva abrangente por terra, ar e mar na Faixa de Gaza, enquanto o Irã ameaça intervir no conflito caso essa medida seja executada.
Os mercados estão considerando o risco de o conflito se espalhar por todo o Oriente Médio, o que poderia resultar em interrupções no fornecimento global de petróleo. A região abriga alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, como Arábia Saudita, Iraque, Irã e Kuwait, gerando receios de escassez de petróleo em escala mundial.
Os investidores estão buscando retornos mais significativos com menor exposição a riscos. A escalada do conflito está levando-os a optar por ativos mais seguros e conservadores, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e o dólar.
No Brasil, as ações do Ibovespa da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) caíram 1,11% na sexta-feira, alcançando 115.754 pontos. Embora tenham registrado um aumento de 1,39% na semana, os ganhos foram limitados e concentrados principalmente em empresas ligadas ao setor petrolífero. Especificamente, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras registraram aumentos de 8,11% e 8,27%, respectivamente, na semana passada.
De acordo com projeções da Bloomberg Economics, no cenário mais pessimista, o aumento do conflito, com a adesão de mais países, poderia levar o preço do barril de petróleo a atingir a marca de US$ 150.
Além disso, os participantes do mercado estão monitorando de perto os movimentos dos Estados Unidos, que estão enviando mensagens ao Irã na tentativa de evitar uma escalada ainda maior do conflito. No sábado, despacharam seu segundo porta-aviões para o Mediterrâneo, como medida dissuasória contra possíveis “ações hostis” direcionadas aos israelenses.
Fonte Poder 360