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Novas áreas de café podem trazer alívio ao mercado global em 3 anos, diz OIC

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Por Roberto Samora

CAMPINAS (Reuters) – Uma disponibilidade adicional de café no mundo que garanta alguma folga ao mercado poderia ser vista apenas em três anos, quando devem entrar em produção as áreas cafeeiras plantadas no embalo dos altos preços, avaliou a diretora-executiva da Organização Internacional do Café (OIC), Vanúsia Nogueira, nesta quinta-feira.

Em entrevista a jornalistas após apresentação no Coffee Dinner & Summit, ela disse ainda que o encerramento dos sucessivos déficits no mercado global de café poderia acontecer em 2026, dependendo do clima para o desenvolvimento das safras nos principais países produtores, como Brasil, Vietnã e Colômbia.

Tal déficit impulsionou os preços para níveis recordes no início deste ano, em meio a um consumo resiliente da bebida.

“Eu acho que (o fim dos déficits) vai depender muito dessa questão climática. Se vamos ter algum evento meio maluco…”, disse Nogueira, ponderando que ainda existe algum risco de geada para a safra brasileira em julho.

As geadas em 2021 no Brasil, a seca no Vietnã e meses seguidos de chuva na Colômbia reduziram a produção global nos últimos anos, impulsionando as cotações, lembrou a diretora da OIC.

“Então, com tudo isso junto, tivemos um recuo de produção, os estoques foram sendo gastos, o que está acontecendo desde outubro de 2023, e o cobertor é curto, não é?”, afirmou, adicionando que o consumo global tem sido resiliente, conforme apontaram especialistas durante o evento promovido pelo conselho de exportadores Cecafé.

Mas ela destacou que os preços altos levaram a muitas renovações de lavouras, além de expansões em alguns países, o que pode trazer alguma produção adicional em mais alguns anos.

“É plantação que daqui a três anos começa a produzir, e aí, daqui a três anos, a gente deve ter um adicional”, disse, ponderando que o mercado precisa continuar favorável aos cafeicultores, para que eles mantenham suas lavouras.

A diretora da OIC disse que os preços atuais, um pouco abaixo de US$3/libra-peso para o café arábica na bolsa ICE — inferiores ao recorde acima de US$4/libra-peso registrado em fevereiro deste ano –, ainda são remuneradores para produtores brasileiros e do Vietnã.

“Em alguns outros países continuamos tendo as problemáticas que eu apresentei aqui. Porque esse grande aumento no preço não chega para o produtor”, comentou.

(Por Roberto Samora)

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