A presente onda de calor que afeta o Brasil está prevista para persistir até pelo menos o próximo domingo (19) em grande parte do país.
Conforme as projeções do Climatempo, apenas duas capitais, Porto Alegre e Florianópolis, apresentarão temperaturas máximas abaixo de 30ºC na próxima semana. Em contrapartida, quatro capitais, Teresina, Boa Vista, Cuiabá e Campo Grande, deverão superar os 40ºC. Em São Paulo, as temperaturas máximas podem atingir 40°C na sexta-feira (17) e no sábado (18). A partir do dia 20, há indicações de que as temperaturas na cidade possam começar a diminuir, com máximas abaixo de 30ºC até o dia 24. No entanto, a partir do dia 25, a tendência é de um novo aumento.
Essa tendência se repete em outras regiões do Brasil, com uma diminuição das temperaturas entre os dias 20 e 24, seguida por um novo aumento. Contudo, a precisão dessas previsões depende da proximidade da data analisada.
O calor intenso teve início no final da semana passada e deve se intensificar ainda mais a partir desta segunda-feira (13). Dados do domingo (12) indicam que sete unidades federativas permanecem em alerta de “grande perigo” devido às altas temperaturas: São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Roraima e o Distrito Federal.
O alerta está programado para vigorar até pelo menos quarta-feira (15), com a possibilidade de ser prorrogado se as condições de calor persistirem.
Esta constitui a quarta onda de calor que o Brasil enfrenta no segundo semestre deste ano e pode ser mais intensa do que as ondas de calor de agosto, setembro e outubro.
Apesar de o calor mais intenso estar concentrado nos próximos dias, a Organização Meteorológica Mundial prevê que o fenômeno climático continuará até abril de 2024, com a possibilidade de cidades brasileiras registrarem temperaturas superiores a 43°C, como Porto Murtinho e Coxim (MS), podendo atingir 45ºC na quinta-feira (16).
A Climatempo também alerta para a possibilidade de o Brasil estabelecer um novo recorde histórico de calor em 2023. Até o momento, a maior temperatura oficialmente registrada no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá (MT) em novembro de 2020, durante uma intensa onda de calor na primavera daquele ano.
Esta onda de calor já contribuiu para que setembro se tornasse o mês mais quente da história de São Paulo. No entanto, os recordes de temperatura se estendem globalmente, conforme indicam estudos do observatório climático europeu Copernicus, que apontam outubro como o mês mais quente em 125 mil anos.
O calor extremo é atribuído às contínuas emissões de gases de efeito estufa resultantes da atividade humana, somadas ao fenômeno do El Niño, que aquece as águas superficiais no oceano Pacífico Oriental, elevando as temperaturas em diversas partes do planeta.
Fonte Folha de São Paulo