Celso Ricardo discute a pecuária do campo à mesa do consumidor e questiona por que os pecuaristas brasileiros não estão produzindo sua própria carne e desenvolvendo suas marcas para atender a outra etapa do processo, que é a comercialização de cortes. Ele alerta que muitos frigoríficos brasileiros ganham muito dinheiro com a comercialização de carne, mas alguns fecham as portas por incapacidade de gestão ou por não saber dominar as áreas. Alguns frigoríficos estão anunciando prejuízos milionários no fechamento do primeiro semestre e podem pedir recuperação judicial a qualquer momento.
Celso Ricardo aconselha os pecuaristas a ficarem atentos aos frigoríficos e a absorverem prejuízos dentro da sala de abate e na hora da comercialização dos seus animais, principalmente nos animais que foram comercializados a prazo. Ele sugere que, se os pecuaristas dominarem toda a cadeia produtiva e deixarem os atravessadores de lado, eles entenderão o que é lucratividade de fato na hora de comercializar a carne bovina. Além de comercializar e ter lucro, eles conseguiriam viabilizar o que fazem e o que acontece dentro da propriedade rural.
Muitos pecuaristas investem em confinamento, sem confinamento, animais criados a pasto, cria, recria, engorda, genética e um bom manejo, mas chegam na hora de comercializar com os frigoríficos e não têm direito de colocar o preço. Se produzirem sua própria carne, conseguirão entender exatamente os valores negociados em cada etapa do processo e terão um preço justo pelos seus animais na hora da comercialização com o frigorífico. Isso evitará prejuízos como colete abusivo, diferença de peso de carcaça e outras situações que causam prejuízos na hora da comercialização.
Veja o quadro Bastidores da Pecuária com Celso Ricardo no vídeo abaixo: