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Plantio do trigo expande no Cerrado e estimula investimentos em moinhos

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Foi constatado que, devido a condições climáticas desfavoráveis e a propagação de doenças, o Brasil não alcançará uma colheita recorde de trigo na safra 2023/24. No entanto, graças à expansão do cultivo de trigo no Cerrado, a produção não será tão ruim, prevendo-se um aumento de 55% em comparação com o ano anterior, totalizando mais de 1.5 milhão de toneladas em sete Estados do Brasil central.

Esse progresso é resultado de um projeto de expansão incentivado pela Embrapa Trigo, com a introdução de variedades de trigo tolerantes à seca e a doenças regionais, juntamente com esforços para atrair indústrias para a região. Exemplos notáveis incluem a construção do Moinho Mercosul em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, pelo empresário Idivan Jose Bernardi, e a reativação da unidade de Brasília pela Bunge em 2021. Além disso, as cooperativas Coamo, C.Vale e Coperalfa estão planejando projetos em Dourados, Mato Grosso do Sul.

No Maranhão, o empresário Alexandre Sales, do moinho cearense Santa Lúcia, está incentivando o plantio de trigo pelo segundo ano consecutivo, visando não apenas a região de Balsas, mas também Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Embora tenha enfrentado desafios no passado, como a preferência da empresa de frutas Agrícola Famosa por se concentrar em seu negócio principal no Ceará, Sales permanece confiante no potencial do mercado nordestino.

Jorge Lemainski, Chefe-Geral da Embrapa Trigo, compartilha a visão otimista de um Brasil autossuficiente em trigo nos próximos cinco anos, projetando uma produção de mais de 12 milhões de toneladas por safra. Destacando o potencial do Cerrado, ele enfatiza as condições ideais de luz solar e o período favorável de cultivo, ressaltando o crescimento notável da área plantada de trigo em Estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás.

Apesar dos desafios, como a competição com o milho plantado no inverno e as doenças enfrentadas nas diferentes regiões, o pesquisador acredita que o trigo possui vantagens consideráveis, incluindo custos de produção mais baixos e necessidades hídricas menos intensas. Além disso, a crescente demanda por trigo a nível global indica uma aposta promissora nessa cultura.

O crescente interesse de multinacionais na região, exemplificado pela aquisição da brasileira Biotrigo pela argentina GDM, reforça a confiança no potencial do mercado de trigo no Brasil Central. A pesquisa continua enfrentando desafios como a brusone na região e a giberela no Sul do país, destacando a importância contínua de avanços científicos e tecnológicos na agricultura.

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