Alimentos registram alta de 1,06%, principal pressão sobre a inflação do mês
Por Camila Barros
A prévia da inflação subiu em 0,11% em janeiro, uma desaceleração em relação aos 0,34% em dezembro. O número, no entanto, veio acima da previsão dos analistas, que projetavam uma deflação de -0,01%. Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula alta de 4,50% – abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o indicador havia subido 0,31%.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 24. O IPCA-15 mede a inflação das duas primeiras semanas do mês de referência e as duas últimas do mês anterior.
O grupo de alimentação e bebidas foi o maior responsável pela inflação do mês, com alta de 1,06%. Entre as maiores elevações, destacam-se o tomate (17,12%) e o café moído (7,07%). Já as maiores quedas foram da batata-inglesa (-14,16%) e do leite longa vida (-2,81%). A inflação da alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. O preço do lanche subiu 0,98%, enquanto da refeição registrou alta de 0,96%.
A alta no preço dos alimentos tem dado dores de cabeça à equipe de Lula, que avalia que o aumento da inflação tem corroído a popularidade do presidente. Por isso, já são estudadas medidas para tentar conter novas altas.
Na quarta-feira, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, sinalizou que o governo faria “intervenções” para reduzir a inflação de alimentos, acatando sugestões enviadas pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Depois da repercussão negativa, o ministro voltou atrás, dizendo que as medidas ainda estão sendo avaliadas e que não haverá intervenção direta.
Nesta manhã, o presidente Lula tem reunião marcada com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Rui Costa para tratar do problema.
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