Beijing, 26 ago (Xinhua) — Para fortalecer ainda mais o processo de integração logística entre a China e o Brasil, Zhang Hu, vice-governador de Guangdong, reuniu-se recentemente com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Góes, que visitou a província sul da China.
À medida que a rota marítima direta entre a Grande Área da Baía, da China, e o Porto de Santana (Santana das Docas), no estado do Amapá, foi oficialmente inaugurada neste ano, o foco das discussões centrou-se nas oportunidades comerciais dos produtos econômicos da região amazônica no mercado chinês.
Como a maior província econômica da China, Guangdong lidera em termos de PIB e é um importante motor de crescimento e inovação do país. Se destaca como uma das principais províncias chinesas abrigando o maior número de empresas que investem no Brasil, abrangendo setores como automotivo, industrial e tecnologias de informação e comunicação.
A experiência da Grande Área da Baía pode servir como referência para a cooperação sino-brasileira em áreas como indústria biológica, transição energética, infraestrutura sustentável, desenvolvimento urbano e colaboração em educação e pesquisa, destacou Waldez Góes durante o encontro.
Ele enfatizou as diversas possibilidades de colaboração comercial, não apenas limitadas a produtos tradicionais como soja, café e carne, mas também expandindo para itens como açaí, cacau, mel, chá e vinhos, que são bem recebidos pelo mercado chinês.
Em resposta, o vice-governador provincial Zhang Hu afirmou que o governo local está disposto a ampliar a colaboração bilateral, fortalecendo a integração logística entre a China e o Brasil por meio da rota marítima entre a Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o Porto de Santana.
“Embora a rota direta ainda esteja em fase experimental, a Província de Guangdong está disposta a aprofundar a conexão portuária e marítima com o Brasil, otimizar o layout das rotas e elevar ainda mais a eficiência logística entre os dois países”, declarou Zhang.
Este novo canal marítimo reduziu o tempo de viagem em 30 dias e cortou os custos logísticos integrados em mais de 30%, se tornando um elo estratégico para aprofundar a complementaridade comercial e expandir mercados emergentes entre a China e o Brasil.
Fonte: Xinhua