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Queda nas Importações da China e da India

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Os dados divulgados nesta sexta-feira pela Administração Geral de Alfândega mostram que, em setembro, a China importou 7.15 milhões de toneladas de soja, representando uma queda de 7,30% em comparação com o ano anterior. Essa diminuição nas importações foi causada pela presença de altos estoques e pelo aumento dos preços globais, que impactaram as compras recentes.

Apesar disso, as importações acumuladas de soja do Brasil, o maior produtor e exportador, aumentaram ao longo do ano. Isso se deve ao interesse dos compradores em adquirir grãos mais acessíveis, impulsionados por uma colheita recorde no país sul-americano.

Rosa Wang, analista da empresa de consultoria agrícola JCI sediada em Xangai, atribuiu a redução recente das importações chinesas à baixa margem de esmagamento, aos lucros limitados na suinocultura e à perspectiva de queda nos preços globais da soja.

As importações de setembro na China ficaram aquém das estimativas de alguns traders, que esperavam cerca de 8 milhões de toneladas. Em contraste, as importações de soja aumentaram em 31% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Darin Friedrichs, cofundador da Sitonia Consulting, com sede em Xangai, expressou preocupação com a possibilidade de uma escassez de suprimentos no quarto trimestre, devido ao volume relativamente baixo de importações em setembro.

A situação nos Estados Unidos também contribui para a redução nas importações de soja pela China, com problemas de logística devido aos baixos níveis do Rio Mississippi e a redução na estimativa da safra de soja, conforme relatado pelo USDA.

No que diz respeito às importações de óleo de palma pela Índia em setembro, houve uma queda de 26% em comparação com o mês anterior, totalizando 834.797 toneladas métricas. Isso se deveu aos maiores estoques, levando as refinarias a reduzir suas compras. Essa redução pode resultar em estoques maiores nos principais produtores, Indonésia e Malásia, o que impactaria os contratos futuros.

Enquanto isso, as importações de óleo de soja aumentaram ligeiramente, enquanto as de óleo de girassol caíram cerca de 17,80%. A Associação SEA, sediada em Mumbai, informou que as importações totais de óleos vegetais diminuíram cerca de 17%, totalizando 1,55 milhão de toneladas em comparação com o recorde do mês anterior, de 1,87 milhão de toneladas.

A demanda fraca no varejo na Índia resultou em excesso de óleo importado, levando os refinadores a enfrentar dificuldades na venda. No entanto, a redução das tarifas de importação contribuiu para a Índia emergir como o principal destino dos suprimentos excedentes de óleo nos últimos meses. Os estoques domésticos de óleos vegetais aumentaram para 3,7 milhões de toneladas em 1º de setembro, em comparação com 2,4 milhões de toneladas no ano anterior.

Com base na análise de um trader de Nova Délhi, espera-se que as importações de óleo vegetal na Índia diminuam ainda mais em outubro, devido à fraca demanda do varejo e ao início do esmagamento da nova safra de soja. A Índia importa óleo de palma principalmente da Indonésia, Malásia e Tailândia, enquanto adquire óleo de soja e óleo de girassol da Argentina, Brasil, Rússia e Ucrânia.

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