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Reajustes nos preços dos combustíveis serão inevitáveis

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Esta semana, o preço do petróleo tipo Brent, que é uma referência para o Brasil, ultrapassou os US$ 90 por barril de 159 litros, um aumento que já estava sendo previsto por especialistas há algum tempo. Essa alta ocorreu após a decisão da Arábia Saudita, líder do bloco da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e da Rússia de manter os cortes na oferta de 1 milhão de barris por dia até o final do ano.

Isso mostra que a Opep ainda tem influência significativa no mercado, mesmo que não seja a mesma potência que foi nas décadas de 1980 e 1990. Apesar dos esforços para substituir fontes de energia fóssil por fontes limpas, o aumento nos preços do petróleo continua a impulsionar os preços da energia para cima e a causar inflação, levando os bancos centrais a aumentar as taxas de juros ou a adiar a redução delas. Esse aumento nas taxas de juros pode ter um impacto negativo no crescimento econômico global, especialmente na Europa e na China.

No Brasil, que exporta mais de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia, o aumento nos preços do petróleo pode gerar mais receita para a Petrobras. No entanto, isso também intensificará a pressão por aumentos nos preços do diesel e da gasolina, em um momento em que o governo está retirando os subsídios ao consumo do diesel.

A política de preços internos da Petrobras não é transparente e a diretoria tentará evitar aumentos significativos. No entanto, dois fatores limitam essa resistência. Primeiro, há o risco de desabastecimento, já que a Petrobras não atende completamente o mercado brasileiro e as distribuidoras precisarão importar combustíveis quando os preços internos forem mais baixos do que os preços internacionais. Segundo, a pressão por preços mais altos é agravada pelo déficit fiscal, uma vez que preços artificialmente baixos em produtos com alta carga tributária, como combustíveis, reduzem a arrecadação fiscal.

Tudo isso tem implicações na inflação e, consequentemente, na política de taxas de juros do Banco Central. Mesmo que o aumento nos combustíveis não seja impulsionado por uma maior demanda, no Brasil, ele inevitavelmente se espalha para o resto da economia, especialmente no setor de serviços.

Fonte: O Estado de São Paulo

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