O plantio de milho no Rio Grande do Sul atingiu 79% da área prevista para a safra 2023/2024, estimada em 817.521 hectares. De acordo com o levantamento semanal da Emater, 75% das lavouras encontram-se em germinação e desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 5% em enchimento de grãos. Embora a cultura demonstre um desenvolvimento satisfatório, com plantas de estatura elevada, folhas largas e coloração verde intensa, há observação de sintomas de amarelecimento nas folhas mais jovens, característicos da falta de luminosidade.
Quanto à soja, apenas 13% da área planejada foi efetivamente semeada devido à frequência das precipitações, que mantêm a umidade do solo acima dos níveis ideais, e às atividades finais da safra de inverno, com destaque para a colheita de trigo, concentradas nesta fase.
O plantio de arroz evoluiu para 71% da área projetada no Estado, influenciado pelas condições climáticas variadas, com o leste mais seco e a região oeste experimentando precipitações recorrentes.
Em relação ao trigo, a área plantada no Rio Grande do Sul para 2023 aumentou para 1,516 milhão de hectares, um acréscimo de 0,7% em relação à projeção inicial. No entanto, a produtividade esperada é menor, de 2.164 quilos por hectare, uma queda de 28,38% devido aos efeitos do fenômeno El Niño, como excesso de chuvas, geada, vento e granizo. A estimativa de produção atual é de 3.280.655 toneladas, 27,88% inferior à projeção inicial.
Na última semana, 82% da área de trigo foi colhida, com 17% das lavouras em maturação e 1% em enchimento de grãos. À medida que a colheita avança, há uma persistente redução na produtividade e na qualidade dos grãos, com predominância de peso hectolitro inferior a 78, considerado de qualidade inferior. Produtos com peso hectolitro abaixo de 70 enfrentam dificuldades no recebimento para beneficiamento e comercialização, conforme destacado pela Emater.
Fonte Broadcast Agro