Ontem, no Congresso Nacional, ocorreu mais uma sessão da CPI do Rio de Janeiro. Um dos destaques foi o depoimento de um repórter fotográfico da Reuters, que foi flagrado confraternizando com manifestantes dentro do Palácio do Planalto e mostrando imagens de um pé na porta que dava acesso ao gabinete presidencial. O jornalista tentou se defender, alegando que estava apenas trabalhando e que teria sido ameaçado pelos invasores. No entanto, o senador Marcos Rogério apresentou imagens que contradiziam a versão do jornalista.
Uma informação importante revelada pelo jornalista foi a de que as tropas da Força Nacional estavam dentro da sede do Ministério da Justiça, mas não foram acionadas para reprimir os invasores e depredadores. Isso agrava significativamente a situação do ministro Flávio Dino, pois quem fizer uma retrospectiva histórica dos acontecimentos daqueles dias irá se lembrar que, nos primeiros dias do governo Lula, ninguém mais do que Flávio Dino reclamava sistematicamente das forças de segurança de Brasília, do fato de que o exército não reprimiu os acampados e da Polícia Federal. Por essa razão, ele convocou a Força Nacional a Brasília e tinha uma tropa à sua disposição dentro da sede do seu ministério, mas não acionou para proteger o Palácio do Planalto, a sede do STF e a sede do Congresso Nacional. Ficou revelado o motivo pelo qual Flávio Dino não quer entregar as imagens do circuito interno de TV do ministério: elas são mais comprometedoras para ele do que foram aquelas imagens do general Gedias, demissionário ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, flagrado confraternizando com invasores dentro do Palácio do Planalto.
Veja o comentário completo de Paulo Moura na Análise da Tarde:
