Notícias da Soja com Vlamir Brandalizze
Relatório USDA e impacto no mercado da soja
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou o primeiro relatório efetivo de oferta e demanda para a safra 2025/2026, trazendo dados positivos para o mercado da soja. Um dos principais destaques do relatório foi a projeção de uma redução na área plantada de soja nos Estados Unidos. Segundo o USDA, a área cultivada será de 33,77 milhões de hectares, número abaixo da expectativa do mercado, que previa 33,8 milhões. Esse corte na área plantada indica uma possível menor produção americana, o que é favorável para os preços da soja no mercado internacional.
Tensões comerciais e retomada das compras chinesas
Além do relatório, o cenário de negociações entre Estados Unidos e China também influencia positivamente o mercado da soja. Existe a expectativa de que a China retome as compras de soja americana nos próximos dias. Caso isso se confirme, haverá um reforço na sustentação dos preços, permitindo que as cotações se consolidem na faixa entre US$ 10,50 e US$ 11,00 por bushel. Essa movimentação traria benefícios tanto para o mercado internacional quanto para os exportadores brasileiros de soja.
Prêmios da soja brasileira e competitividade internacional
Atualmente, os prêmios da soja brasileira já estão abaixo dos praticados nos Estados Unidos, o que indica que há pouco espaço para novas quedas. Isso torna a soja do Brasil mais competitiva no mercado global, favorecendo as exportações brasileiras e mantendo o país em posição de destaque no cenário mundial.
Projeções para a safra brasileira de soja
O USDA projeta que a safra 2025/2026 de soja no Brasil atinja 175 milhões de toneladas, enquanto a safra atual está estimada em 169 milhões de toneladas. Esses números reforçam a liderança do Brasil na produção global de soja, consolidando o país como o principal fornecedor mundial da oleaginosa.
Panorama global da soja: produção, consumo e estoques
Em nível global, a produção de soja projetada pelo USDA para 2025/2026 é de 426,8 milhões de toneladas, com o consumo global ultrapassando os 424 milhões de toneladas. Isso mostra um equilíbrio entre oferta e demanda, sem avanços significativos nos estoques mundiais, o que tende a manter os preços firmes e o mercado aquecido.