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A Direita Torta – Os órfãos de si mesmos! – por Laércio Vicente Pereira

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A Direita brasileira, ainda que incipiente, tem já a sua sombra projetada de forma inversa – a direta torta.
A direita torta é formada por um contingente de órfãos de si mesmos. Foram abandonados por seus próprios caprichos acriançados. Deserdados pelas suas engendradas utopias Foram traídos por uma cosmovisão ingênua de política estática aninhada em suas próprias entranhas. Tornaram-se vulneráveis e influenciáveis à medida que o tempo passou e suas expectativas e devaneios não se consumaram.
Esse abandono lhes é caro. Infunde-lhes decepções amargas.
Em suas filas estão debochadores ácidos, zombeteiros sarcásticos, chacoteadores rasos, trocitas sob ataques de ” pitis”, tercerizadores de responsibilidades, hermeneutas que interpretam a realidade política servindo-se da “eisexege” – quando não da ” eisejegue”.
São murmuradores, traumatizados, zangados por terem sido preteridos, raivosos por que Bolsonaro não lhes trouxe espada à terra e nem fez do céu cair fogo. São imediatistas, cartesianos lineares, alérgicos até a medula ossea quando se trata de usar a palavra estratégia para lhes explicar alguma coisa. Para eles, estratégias são vans fábulas de políticos covardes que não enfrentem o sistema. São contos e lendas para enganarem um povo oprimido que ousou acreditar. Tudo isso não lhes passa de paranóias de xadrez 360 jogado nas tendas de quartéis circunscritas nas quatro linhas.

Entretanto, o que mais caracteriza e estampa na cara desse grupo é a incapacidade intelectual e o déficit ético de fazer justiça quando fazem análises políticas do legado de Bolsonaro!

Eles não sabem história. Não conhecem contrapontos. Não sabem como nascem e nem como se derrubam sistemas.
Eles não sabem que a estratificação cultural precede, preexiste e antepõem-se na preparação do governismo – e não ao contrário!
Não aprenderam nada da cultura marxista!
Eles são de uma carência política tal que quando viram um líder enérgico e carismático como Bolsonaro, projetaram nele um verdadeiro Deus. O “Messias” do sobrenome, lhes embriagou em surtos messiânicos.
Bolsonaro era para eles um Deus! E como nunca Deus de fato Bolsonaro foi, ficaram como viúvas órfãos chorando em seus panteões pagãos.

Eles nunca viram Bolsonaro como homem, como mortal, como pecador, como destituído de graça, como rachado em sua natureza, como nós, cheio de falhas e cheio de defeitos.
Houve Bravatas? Houve!
Houve promessas e recuos? Houve!
Houve erros em indicações? Houve! Meu Deus, como não as haveria? Houve medo? Sim, muitíssimo medo!
Houver contradições? Sim, as houve de montões!
Houve leis sancionadas erradas? Sim, as houve!
Houve frases descabidas?
Houve, para fazer antología!
Meu Deus, como não as haveria? Que boca nesse planeta não as reproduziriam sob as mesmas condições?
Tudo isso é absolutamente normal em um mortal de terno e gravata sendo presidente de um país como o Brasil. Absolutamente consuetudinário!
Tudo isso, porém, esses canalhas com deficiência ética, não sabem que isso é nada, nada mesmo, quando se compara com variáveis métricas sobre as quais eles, de novo, também nada sabem.

Ele foi e é o único que governou esse país sob o peso esmagador da fúria da esquerda oriunda da derrota que sofreu depois de 30 anos de domínio nesse país. Não há, nem antes e nem depois, nenhum outro para chamar ao cenário e fazer comparações.

Ele foi o único que governou esse país sob o peso esmagador do Apocalipse das mortes do vírus infernal que assolou o mundo e deixou todos atónitos. Os acertos dele nesse mar caótico de escuridão e trevas é o maior legado para a história do Brasil – e do mundo! Não há nenhum outro nome que se possa chamar para comparações.

Ele foi o único que não se corrompeu no exercício do seu governo. Nem antes como parlamentar, nem depois como presidente. Esses valores éticos são de desmedidas magnitudes, são dados silenciadores de vozes ácidas, são honras e glórias que dignificam o ser humano na terra. Não há outro para fazer comparações.

Ele foi e ele é , depois de tudo e contra todos, sob ameaças de prisão diuturnas e acusado de mais de 300 processos, o único líder no Brasil diante de quem e por causa de quem a Paulista lota. A avenida Paulista chamar-se-á ainda um dia – Avenida Presidente Bolsonaro!
Não há outro até o dia que se chama hoje, que tenha essa Avenida como seu tapete.

Foi e é o único político que a despeito de ter “perdido” a eleição, segue levando multidões para onde pisa seus pés nesse país. Não há outro que possa ser chamado para comparações. Nem de longe. Nem juntando todos os seus antecessoras.

Foi e é o único que, quando candidato foi esfaqueado e quando presidente em exercício, não usurpou de seus poderes para descrobrir o mandante de horrendo crime. Não há precedentes e haverá que esperar um outro esfaqueado para poder fazer-lhe sombra!

A verdade esmagadora é essa: Não há alguém que se preste à comparação com ele. Aquele que possui virtudes éticas, vê nele tais virtudes, aquele que não as vê, não as têm!

Mas a direta torta se ufana de independencia intelectual, de saber mais do que a própria sabedoria, de conhecer labirintos políticos que nem em sonhos os visualizou.
Inescrupulosamente, desonestamete e maculadamente, essa direita afirma que ele foi um frouxo e querem fazer dele o responsável de todos os pesares desse país.

Por isso essa direita é torta e desplumada!

Essa direita não é confiável. Ela é feita de murmuradores urbanos. Ela não é fiel. Ela não constrói. Ela não aceita erros. Ela não perdoa. Ela não faz cálculos políticos. Ela não faz arranjos. Ela é puritana. Ela é moralista. Ela não é estratégica. Ela é umbilical. Ela é egoísta. Ela é invejosa. Ela é arrogante. Ela é vaidosa. Ela é injusta. Ela é piti. Ela é corte. Ela é tramontina. Ela é varinha de condão. Ela é neófita carente de Conans e Gladiadores.
Ela fuma seu próprio charuto brasileiro e ninfa toda fumaça para si!

Laércio Vicente Pereira,
10/09/2024

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Uma resposta

  1. Laercio, seu texto revela uma maturidade impressionante ao abordar temas tão complexos e conflituosos. A forma como você expõe as nuances e contradições da direita demonstra uma clareza rara e uma capacidade crítica profunda. Você consegue articular reflexões com precisão, sem cair em simplificações, oferecendo uma análise que poucos têm a coragem e o discernimento de fazer.
    Parabéns, mesmo!!

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