Ronaldo Coutinho prevê um cenário meteorológico variado para diversas regiões do Brasil nos próximos meses. Flutuações notáveis nas temperaturas estão sendo observadas, impactando tanto as áreas costeiras quanto o interior do país.
No Nordeste, as águas mantêm-se aquecidas, especialmente na costa peruana. Contudo, à medida que nos distanciamos em direção à zona dos ninhos, as temperaturas tendem a cair. Em contrapartida, as águas do litoral do Rio Grande do Sul e de outras regiões costeiras estão esfriando, um fenômeno típico para esta época do ano.
Dados recentes do fenômeno El Niño mostram que os índices El Niño um e dois alcançaram 2,6, sinalizando um aumento significativo. Este crescimento iniciou-se no começo de junho e persiste há várias semanas. Por outro lado, o El Niño três e quatro atingiram um pico quase um grau acima do normal, mas agora estão em recuperação, com uma anomalia de 0,7 acima do nível moderado.
As previsões apontam que o período de julho a outubro será caracterizado por precipitações acima da média em certas áreas. Na Bahia, por exemplo, já se observa um incremento considerável nas chuvas. Adicionalmente, prevê-se um aumento nas águas frias da corrente das novinas, que estão se deslocando para o sul e o litoral nordestino.
Neste cenário, é crucial salientar que os meses de julho, agosto e setembro serão críticos, com a formação de um ninho forte, fenômeno associado ao El Niño. Este ninho tem o potencial de impactar o clima global, afetando diversas regiões do mundo. No Brasil, é provável que haja chuvas acima da média, especialmente no sul, centro-sul do Mato Grosso do Sul, parte de São Paulo, norte e nordeste do país, Argentina e Paraguai.
Contudo, é importante lembrar que, nesta época do ano, a maior parte do Brasil, principalmente o centro-oeste e sudeste, tende a ter um clima mais seco, com chuvas ocasionais devido à passagem de frentes frias. Estas chuvas são benéficas para melhorar a qualidade do ar e combater incêndios, mas também elevam os riscos de incêndios criminosos, que são um problema recorrente e requerem maior vigilância e penalização.
Conforme nos aproximamos do final de setembro, as primeiras chuvas são esperadas nas regiões central e sudeste do país, marcando o começo da estação chuvosa. No entanto, essa transição pode ser irregular, com períodos de pouca chuva e veranicos, que são intervalos de seca. Essa instabilidade também pode influenciar a temperatura, resultando em períodos de calor intenso durante os veranicos.