Os resultados da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira revelaram uma diminuição na aprovação do trabalho realizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com uma queda de seis pontos percentuais em outubro. Segundo o levantamento, o percentual dos que aprovam o trabalho do presidente é de 54%, em comparação com os 60% registrados na pesquisa anterior conduzida em agosto. Por outro lado, os que desaprovam Lula aumentaram para 42%, em comparação com os anteriores 35%, enquanto o percentual dos que não têm certeza ou não responderam diminuiu para 4%, em comparação com os 5% anteriores.
Em relação à avaliação de governo, houve uma diminuição na percepção positiva, com 38% enxergando a administração de forma favorável, em comparação com os 42% registrados em agosto. Ao mesmo tempo, a avaliação negativa aumentou para 29%, em comparação com os anteriores 24%, enquanto o percentual daqueles que a consideram regular permaneceu em 29%. A parcela que não tem certeza ou não respondeu foi de 4%, contra 5% anteriormente.
De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, a queda na aprovação não está restrita a um único grupo, mas é generalizada em todas as regiões e em quase todos os estratos sociais.
A pesquisa também revelou uma redução no otimismo em relação à economia nos próximos 12 meses, com uma diminuição de nove pontos percentuais. No entanto, ainda metade dos entrevistados mantém um ponto de vista otimista. Além disso, houve uma piora na percepção do desempenho econômico do país no último ano.
A pesquisa, encomendada pela corretora Genial Investimentos, mostrou um aumento no percentual daqueles que acreditam que o país está indo na direção errada, chegando a 49%, em comparação com os 41% registrados em junho, última vez que essa pergunta foi feita pela Quaest. Ao mesmo tempo, 43% avaliam que o país está na direção correta, contra 46% em junho.
Nunes explicou que parte da queda na aprovação pode ser atribuída a preocupações econômicas, com um aumento no número de pessoas que consideram que a economia piorou no último ano, em virtude de aumentos nos preços de serviços essenciais, como água, luz, telefone, alimentos e combustíveis.
A pesquisa, conduzida de forma presencial entre os dias 19 a 22 de outubro, entrevistou 2 mil pessoas, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Fonte Reuters
