Queria ver o Brasil a todo vapor, soltando notícias boas a torto e a direito.
Coisas como inflação sob controle, taxas de juros dentro da realidade de bom pagador, investimentos pipocando aqui e acolá e, principalmente, com baixos índices de assistencialismo estatal.
Bons índices de escolaridade da população seria indispensável, para conseguirmos ter emprego qualificado em tecnologias e produtividade crescente.
Queria ver nossa moeda com poder de compra, um mercado acionário pujante e atraindo capital para investimentos em produção com um mínimo de previsibilidade e com remuneração adequada.
Queria viajar pelo país e ver igualdade no desenvolvimento regional, com salários adequados de norte a sul e de leste a oeste, e a população fixada em suas regiões de nascimento, próximas das famílias, felizes, sem a necessidade de migrar para outros estados apenas pela necessidade da sobrevivência.
Pode até parecer utopia, coisa de jovem sonhador, mas infelizmente, no Brasil atual, só restam mesmo os sonhos.
Nossa moeda, o Real, comparado ao Dólar, perdeu 22% do valor em 2024. Isso sem contar a inflação que, em alta, piora ainda mais o poder de compra da moeda.
Nossa bolsa de valores derreteu 10,36% em 2024, e as empresas lá listadas perderam 230 bilhões de dólares em valores de mercado. Investidores que acreditaram no Brasil viram as ações despencarem para níveis preocupantes, e vão iniciar o 2025 valendo bem menos e com uma taxa de juros de aproximadamente 15% já precificada.
Pelas previsões, o quadro vai piorar o que já está ruim, e se não houver um cavalo de pau como disse um famoso veículo de comunicação, a dívida pública vai aumentar e aí, bem…
Por fim, queria ver o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, promovendo o crescimento econômico, com uma melhor distribuição de renda e justiça social, coisa que só se consegue com o apoio ao empreendedorismo, ao livre mercado e com responsabilidade fiscal. Mas parece que não teremos, pois o modelo de administração pública do governo não sabe como implantar melhorias e está levando o país para zona do rebaixamento. E como se isso não bastasse, já estão pensando nas eleições de 2026.
Hoje, em nosso País, não dá nem pra sonhar com as utopias.
JOÃO BATISTA OLIVI
