A Balança Comercial brasileira registrou um superávit de US$ 4.8 bilhões em dezembro, o que levou o saldo do País a fechar 2024 em US$ 74.6 bilhões, 24,6% menor do que o acumulado em 2023, quando o resultado foi recorde. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor do ano passado foi alcançado com exportações de US$ 337 bilhões, queda de 0,80% em relação a 2023, e importações de US$ 262.5 bilhões, aumento de 9% em relação ao ano anterior.
O superávit do ano passado é o segundo maior da série histórica iniciada em 1989, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, 6.
Em dezembro, as exportações totalizaram US$ 24.9 bilhões e as importações US$ 20.1 bilhões.
Em 2024, a corrente de comércio fechou em US$ 599.5 bilhões, segunda maior da série histórica, crescendo 3,30% em relação ao ano anterior.
O resultado para o ano ficou acima da mediana das expectativas do mercado financeiro na pesquisa do Projeções Broadcast, que indicava um superávit de US$ 73.550 bilhões, variando entre US$ 71.7 bilhões e US$ 87.2 bilhões.
Para dezembro, a mediana indicava um superávit de US$ 3.4 bilhões, com estimativas que variavam entre US$ 1.8 bilhão e US$ 6.5 bilhões.
No acumulado do ano em relação às exportações, em comparação com o mesmo período de 2023, ocorreu uma queda de US$ 9 bilhões (- 11%) na Agropecuária; aumento de US$ 1.93 bilhões (2,40%) na Indústria Extrativa e aumento de US$ 4.81 bilhões (2,70%) nos produtos da Indústria de Transformação.
Já nas importações, foi registrado um aumento de US$ 1.15 bilhão (25,60%) na Agropecuária; aumento de US$ 160 milhões (1%) na Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 20.4 bilhões (9,30%) nos produtos da Indústria de Transformação.
Em relação a dezembro, as exportações registraram uma queda de 13,50% comparadas ao mesmo período de 2023, com queda de US$ 1.21 bilhão (- 23,20%) na Agropecuária; queda de US$ 2.67 bilhões (- 34,80%) na Indústria Extrativa e estabilidade nos produtos da Indústria de Transformação.
Já as importações subiram 3,30%, devido a um aumento de US$ 90 milhões (25,10%) na Agropecuária; queda de US$ 90 milhões (- 10,50%) na Indústria Extrativa e um aumento de US$ 590 milhões (3,30%) nos produtos da Indústria de Transformação.
Estadão Conteúdo