O mercado do boi gordo em São Paulo segue buscando estabilização, com algumas indústrias ajustando positivamente suas ofertas de compra. A referência atual se mantém estável em comparação aos últimos dias, e o volume de negócios tem sido menor do que nas semanas anteriores.
As escalas das indústrias não têm evoluído e até encurtado um pouco, reforçando a expectativa de que o mercado possa estar no fundo do poço. Um dos fatores positivos para a precificação do boi são as exportações, que apresentaram bom volume nos primeiros dias úteis de junho, podendo gerar um recorde se mantidos.
Analisando os últimos 26 anos de exportação, em 22 ocasiões houve aumento no segundo semestre em relação ao primeiro, e apenas em 4 ocasiões houve queda. Se o mercado mantiver a média parcial de junho, o volume ficará próximo ao do primeiro semestre do ano passado.
As expectativas para o mercado externo são positivas, com exportações na segunda metade do ano sendo, em média, 20% maiores do que na primeira metade nos últimos 10 anos. Nos últimos 5 anos, essa média aumentou para 26%, impulsionada pelas compras da China, que costuma adquirir mais produtos no final do ano, preparando-se para o Ano-Novo Chinês.
No mercado doméstico, o consumo também tende a evoluir na segunda metade do ano. Com a acomodação dos preços no varejo, o escoamento pode ser beneficiado. No curto prazo, é possível que o mercado se torne mais firme, com possíveis valorizações. Entretanto, vale lembrar que o ano é de maior oferta devido à fase do ciclo.
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