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Boi gordo encerra julho desidratado , sem fôlego e nem esperança de alta no curto prazo.

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O mercado do boi gordo começou a semana parado e com o cenário de pressão de baixa sendo intensificado. Os frigoríficos testam o mercado ou ficam fora das compras em algumas ocasiões, enquanto o pecuarista reluta em entregar e espera um pouco.

A indicação desse início de semana é que os frigoríficos vão seguir testando nos próximos dias, mas é preciso esperar o mercado começar efetivamente, o que normalmente acontece na terça-feira. Na segunda-feira, há uma ligação para aproveitar o mercado por parte do pecuarista, enquanto o frigorífico aguarda e analisa a situação para ver se vai se posicionar pressionando um pouco mais ou não.

Isso acontece em momentos nos quais o frigorífico tem espaço para isso. Quando se considera as escalas em São Paulo, elas estão sendo feitas para a próxima semana. Não são escalas excessivamente longas, mas permitem a continuidade dos testes. O mercado segue sem grande preocupação no momento para a indústria frigorífica conseguir manter suas programações em um nível razoavelmente confortável.

De maneira geral, em termos de especificação e volume de negócio, o mercado começou em banho-maria. Não houve grande alteração na segunda-feira nem para um lado nem para outro pelo volume mínimo de negócio. A cara do mercado segue de testes por parte da indústria.

Hoje foi trazida uma expectativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para o rebanho bovino do país. Enquanto no Brasil há um aumento da oferta ligada ao ciclo pecuário, nos Estados Unidos há um cenário oposto de menor oferta e preços em alta. Isso acaba beneficiando parcialmente o Brasil, pois temos um concorrente no mercado internacional que está menos competitivo no cenário atual.

A expectativa do USDA para o próximo ano é de que o rebanho bovino no início de 2024 seja de 87 milhões de cabeças. Esse seria o menor número desde o início da série histórica do departamento, que tem 65 anos. Desde então, seria o menor rebanho inicial de bovinos para o país. Portanto, não deve haver um ano de conforto na quantidade de bovinos negociados nos Estados Unidos também em 2024.

Isso acaba colaborando com um cenário de menor competição no contexto internacional e ajuda um pouco no escoamento de carne do Brasil. É importante ponderar que a Austrália tem aumentado sua oferta, passou por momentos de redução forte nos últimos anos e agora tem aumentado a oferta e trabalhado com preços mais competitivos frente aos últimos anos que tiveram historicamente altos.

Veja os comentários de Sérgio Braga e Hyberville Neto em Notícias da Pecuária:

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